“…• a atividade sucroalcooleira tem um histórico relacionamento com a ocorrência de trabalho infantil, análogo a escravo, impacto na saúde e qualidade de vida dos trabalhadores, baixa remuneração, carência de organização sindical, condições precárias de moradia e de alimentação (ALESSI e NAVARRO, 1997;MUNDO NETO, 2009;MACIEL et al, 2011); • a preocupação com o impacto social que está sendo gerado com a gradativa substituição da mão de obra do corte da cana-de-açúcar, pela colheita mecanizada, tende a gerar a redução de, aproximadamente, 480 mil postos de trabalho em todo o Brasil (SUSPENSÃO..., 2014); • o posicionamento dos participantes da pesquisa em depoimentos ocorridos durante as entrevistas demonstraram haver uma constante preocupação, pois consideram que desde a colonização do País a atividade esteve ligada à mão de obra de escravos, gerando um entendimento que parece ter se perpetuado ao longo das gerações, e isso gera insatisfação, pois existem atividades que promovem mais externalidades negativas e, mesmo assim, o setor sucroalcooleiro é mais visado e negativamente avaliado pela opinião pública. Defendem, também, que as agroindústrias cumprem integralmente a legislação, conscientes dos riscos associados ao não cumprimento; que, por mais que atividade seja importante para a segurança alimentar, produção energética, geração de empregos e divisas, há uma cultura de olhar somente o lado negativo, o qual as empresas não negam que possam ocorrer; porém, em proporções muito menores do que as imaginadas; e • o entendimento revelado pela pesquisa de que a Responsabilidade Social está relacionada intimamente com as atividades desenvolvidas pelos empregados, atribuindo ao setor de pessoal/recursos humanos a função de implantar e acompanhar o desenvolvimento das ações que minimizem os impactos negativos para os empregados e, adicionalmente, para a sociedade.…”