2011
DOI: 10.1590/s1981-81222011000300007
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Uma crônica ignorada: Anselm Eckart e a Amazônia setecentista

Abstract: Uma obra quase desconhecida do jesuíta alemão Anselm Eckart (1721-1809), os "Aditamentos à descrição das terras do Brasil", é de grande interesse para os estudos amazônicos. Eckart, que trabalhou de 1753 a 1757 nas missões do Maranhão e Grão-Pará, publicou suas próprias observações em apêndice à obra de outro autor sobre o mundo natural e a sociedade amazônica. Os capítulos dos "Aditamentos" que tratam da população indígena, de seus costumes e do tratamento recebido de colonos e missionários são aqui traduzido… Show more

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“…Concluyo mencionando una cita de otro jesuita alemán, Anselmo Eckart (Mainz, 1721) (Porro;Papavero, 2013, p. 328;Martins, 2016, p. 80), en la cual hace referencia a dos estatuas hechas de hueso por un entallador de origen portugués, nacido en el Grão-Pará, y por un mestizo, descendiente de negros e indígenas (cafuzo en Brasil, y zambo en Hispanoamérica); mostrándonos la presencia de fuertes intercambios culturalesentre artistas, tradiciones, materiales, técnicas-dentro de las misiones, factores que deben ser invariablemente considerados, para comprender mejor el arte de la América Portuguesa en el período colonial.…”
Section: Conclusionesunclassified
“…Concluyo mencionando una cita de otro jesuita alemán, Anselmo Eckart (Mainz, 1721) (Porro;Papavero, 2013, p. 328;Martins, 2016, p. 80), en la cual hace referencia a dos estatuas hechas de hueso por un entallador de origen portugués, nacido en el Grão-Pará, y por un mestizo, descendiente de negros e indígenas (cafuzo en Brasil, y zambo en Hispanoamérica); mostrándonos la presencia de fuertes intercambios culturalesentre artistas, tradiciones, materiales, técnicas-dentro de las misiones, factores que deben ser invariablemente considerados, para comprender mejor el arte de la América Portuguesa en el período colonial.…”
Section: Conclusionesunclassified
“…Em regiões entre os atuais Peru, Equador e Colômbia, o chamado 'barniz de pasto', de origem pré-hispânica (com o que os incas pintavam, por exemplo, os copos rituais queros, já mencionados), extraído da planta Elaeagia pastoensis, da família das Rubiaceas, conhecida como mopa-mopa, foi aplicado depois à superfície de objetos de madeira no período colonial, sendo muito apreciado especialmente por sua similaridade com o acabamento de laca (Pérez, 2010) É muito revelador, portanto, que Daniel (2004) e Eckart (Porro, 2011) descrevam as cuias e as tintas e vernizes com que eram decoradas, fazendo referência à laca, e que os motivos e técnicas decorativas aplicados pelas índias tenham as mesmas características dos trabalhos realizados em laca no Oriente: envernizadas e negras, decoradas em prata, ouro e/ou variadas cores e com incrustações de madrepérolas.…”
Section: )unclassified
“…Assim, muitos entre eles passaram a visitar, a pesquisar e a registrar em desenhos esses objetos e suas originais decorações, que foram utilizadas amplamente em pinturas ou nas artes gráficas e decorativas, como foi o caso dos paraenses Theodoro Braga (1872) e Manoel Pastana (1888-1984, do pernambucano Vicente do Rego Monteiro (1899-1970 ou do paulista Carlos Hadler (1885Hadler ( -1945. Como veremos mais adiante, estes são apenas alguns nomes de uma vasta série de artistas com obras de grande importância para se compreender a em "História da missão dos padres capuchinhos na Ilha do Maranhão e terras circunvizinhas" (1612-1613); do jesuíta João Felipe Bettendorff (1625Bettendorff ( -1698, em "Chronica da missão dos padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão" (1661-1693) (Bettendorff, 1990); do franciscano Frei Cristovão de Lisboa, em "História dos animais e árvores do Maranhão" (1627) (Lisboa, 2000); do jesuíta Anselmo Eckart (1721-1809), entre 1753 e 1757, em obra ainda pouco conhecida, intitulada "Aditamentos à descrição das terras do Brasil" (Papavero;Porro, 2013;Papavero et al, 2011;Porro, 2011); e, especialmente, aquelas 'relações' redigidas pelo já aludido naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira, durante a sua extensa "Viagem ao Brasil: a expedição philosophica pelas Capitanias do Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuyabá. Coleção Etnográfica" (1783-1792) (Ferreira, 2005).…”
Section: Introductionunclassified