Desdobramentos da educação permanente em saúde no município de Vitória, Espírito santo

Abstract

Este artigo tem como objetivo discutir os desdobramentos do processo de formação de facilitadores e o trabalho de efetivação de 'rodas' de Educação Permanente em Saúde (EPS) em unidades de serviços de saúde no município de Vitória, Espírito Santo, cenário selecionado a partir de mapeamento dentre várias experiências de EPS em andamento no país. Adota os pressupostos metodológicos sugeridos pela cartografia para produção e análise dos dados, utilizando variadas estratégias, como observação participante, entrevistas individuais e coletivas com os profissionais e usuários. Verifica que o termo EPS admite várias concepções: movimento que coloca o trabalho em análise, visando a definir prioridades locais que promovam a reorganização dos espaços de produção de saúde; estratégia de formação dos profissionais de saúde em um processo constante de subjetivação, como estratégia de gestão, na medida em que possibilita reorganizar a gestão a partir da problematização do trabalho. Verifica a existência de 59 Rodas de EPS distribuídas em 25 serviços de saúde, com a presença de dois facilitadores em cada uma. Conclui que, nesse cenário, as várias concepções disputaram espaço e produziram efeitos, especialmente perceptíveis na mudança da forma como os profissionais compreendem o processo educativo e a sua interação com o cotidiano do trabalho.

Managers' perspective on continuous health education in a region of São Paulo State

“…Other studies involving different members of health teams point to the reproduction of the same conceptual inaccuracies, a confusion that is also common in other contexts, other realities (23)(24)(25) . It should be noted once again that the EPS is sustained by the assumption of significant learning, or put another way, the training processes and courses should be designed and organized by taking the problematization of the work process with the focus on transforming the professional practices and the organization of work.…”

“…In this process, the reference should be "the health needs of individuals and populations, of the sectorial management and of social control in health" (26) . In this sense, technical-scientific updates are certainly fundamental in health care, and are an important aspect to be considered, but not the only and central idea to be considered, since given the complexity of the production of care and health management, education processes and training must involve dimensions geared toward the production of subjectivity, and the technical skills and knowledge of the SUS (23,(25)(26) .…”

Permanent professional education in healthcare services

“…Additionally, the training of facilitators enabled a broadening of the perspective of work practice and potential of permanent education. [31][32][33] This educational model, whose theoretical-practical relationship is reflective, considers work to be a key aspect for permanent education. For this purpose, seeking methodologies that enable the organization of individuals' thinking about the complex reality of health services is relevant in educational processes, as it promotes the understanding of reality.…”

“…42 As an example, there is the study in the city of Vitória, ES, where permanent education meetings, as a space for group discussion, were the foundation for the educational and humanizing policy implemented in 2005, functioning as devices in this city. 32 A study performed with nurses in the Family Health Strategy 24 emphasized the relevance of the consolidation of permanent health education for the work process of nurses and showed workers' perception of the importance of permanent education in quality of care, even in view of several difficulties. In another study, 25 permanent education was found to promote changes to the work process, enable health professionals to have critical and reflective qualification, increase social participation, and bring management and local health issues closer together, thus representing an assessment practice as well.…”

Avaliação para melhoria da qualidade (AMQ): monitorando as ações na Saúde da Família e criando possibilidades no cotidiano

“…(G5) Este é um movimento bastante rico e do ponto de vista do processo de educação permanente em saúde, necessário para que os trabalhadores possam dar um sentido e um significado ao seu trabalho que os impulsione a buscar alternativas (de análise, de crítica, de intervenção) para o processo de trabalho, em que encontram-se inseridos. (PINTO et al,2010;CECCIM;FEUERWERKER, 2004, CECCIM, 2005.…”