Este artigo tem como objetivo discutir os desdobramentos do processo de formação de facilitadores e o trabalho de efetivação de 'rodas' de Educação Permanente em Saúde (EPS) em unidades de serviços de saúde no município de Vitória, Espírito Santo, cenário selecionado a partir de mapeamento dentre várias experiências de EPS em andamento no país. Adota os pressupostos metodológicos sugeridos pela cartografia para produção e análise dos dados, utilizando variadas estratégias, como observação participante, entrevistas individuais e coletivas com os profissionais e usuários. Verifica que o termo EPS admite várias concepções: movimento que coloca o trabalho em análise, visando a definir prioridades locais que promovam a reorganização dos espaços de produção de saúde; estratégia de formação dos profissionais de saúde em um processo constante de subjetivação, como estratégia de gestão, na medida em que possibilita reorganizar a gestão a partir da problematização do trabalho. Verifica a existência de 59 Rodas de EPS distribuídas em 25 serviços de saúde, com a presença de dois facilitadores em cada uma. Conclui que, nesse cenário, as várias concepções disputaram espaço e produziram efeitos, especialmente perceptíveis na mudança da forma como os profissionais compreendem o processo educativo e a sua interação com o cotidiano do trabalho.
O artigo objetiva compreender, a partir do atual cenário epidêmico, os sentidos colocados em circulação sobre a sífilis na primeira campanha nacional realizada contra essa doença, em 1920, e na campanha de 2018/2019, de modo a explorar os possíveis deslocamentos, rupturas e aproximações nos sentidos mobilizados por ambas as campanhas. Via análise documental e de conteúdo, compara elementos de um corpus de doze materiais gráficos tratados pelas categorias de abordagem e endereçamento. Discute as funções das campanhas sanitárias, seu propósito de controlar doenças e ações informativas que desconsideram ações contínuas e especificidades locais. Reflete a lógica biomédica, as representações e construções discursivas e simbólicas que, apesar de tão díspares temporalmente, demonstram mais aproximações do que rupturas nas abordagens estratégicas e nos endereçamentos, constituindo, assim, um processo médico, político e social da sífilis no Brasil.
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