Todo processo de formação humana está ancorado em pressupostos metafísicos que envolvem uma certa concepção de “humano” e de “subjetividade” as quais, em geral, inquestionadas, perpassam as diretrizes, parâmetros, currículos, métodos e “correntes” pedagógicas. Nosso objetivo neste artigo será colocar em questão algumas concepções cristalizadas de “humano”, “subjetividade” e “identidade”, a fim de recolocar o processo de formação humana como problema e como desafio – e um desafio que não mais se resuma à aplicação de um método pré-definido cuja finalidade seja a realização de um ideal de humanidade e subjetividade previamente estabelecido. Para isso, recorreremos aos conceitos de “cultura” e “singularidade” na obra de Nietzsche, bem como à concepção de “subjetividade” que implicam.