“…As narrativas acima corroboram os estudos prévios que evidenciaram as dificuldades de inserção social e laboral devido aos estereótipos associados, sobretudo, à mulher brasileira (França, Padilla, 2018;Padilla, Ortiz, 2017;Pinho, 2014;Malheiros, 2007). A forte produção científica sobre esta Carla Martins Mendes, Andrea Seixas Magalhães temática, principalmente ao longo dos anos 2000, destacou o papel da mídia portuguesa na ampla divulgação de episódios de migrantes em situação ilegal ligados à prostituição ou à criminalidade, estimulando a generalização de estereótipos e preconceitos ligados à figura da mulher imigrante brasileira em Portugal (Machado, 2012;França, 2012;Pinho, 2014;Malheiros, 2007). Independentemente da condição social e econômica, os estigmas percebidos pelos filhos em relação aos pais revelam uma tendência à privatização das relações familiares como forma de proteção contra a estigmatização.…”