Sedentarismo, exercício físico e doenças crônicas

Abstract

A atividade física tem sido enaltecida e propagada há séculos como um potente fator de promoção à saúde. A Sócrates, por exemplo, credita-se a seguinte afi rmação: "Na música, a simplicidade torna a alma sábia; na ginástica, dá saúde ao corpo". Tal ideia ganha respaldo no discurso do "pai da medicina", Hipócrates: "O que é utilizado, desenvolve-se, o que não o é, desgasta-se... se houver alguma defi ciência de alimento e exercício, o corpo adoecerá". O fi lósofo Platão compartilhava da importância do exercício, considerando-o fundamental na manutenção do equilíbrio de corpo e mente (ou o espírito). Talvez sejam as célebres palavras do romano Juvenal que melhor materializem esse conceito: "Mens sana in corpore sano" ("Mente sã em corpo são"). Obviamente, as evidências que fundamentavam a prática de atividade física em períodos remotos eram mormente empíricas. Atualmente, há um denso e crescente corpo de conhecimento que consolida o exercício físico como ferramenta crucial na promoção de saúde. Não obstante -e paradoxalmente -, assistimos praticamente inertes a uma redução gradativa nos níveis de atividade física das populações modernas. Tal constatação traz consigo importantes indagações, tais como: 1) Qual o impacto -biológico e socioeconômico -da inatividade física na saúde dos indivíduos?; 2) Qual o impacto da inserção (ou re-inserção; conceito a ser esclarecido ao longo do artigo) da atividade física na saúde dos indivíduos?; 3) Qual o papel da profi ssional de Educação Física na promoção de saúde e quais os desafi os que a Educação Física, enquanto ciência (em "lato sensu") e profi ssão, deve enfrentar nas próximas décadas a fi m de se arraigar neste emergente campo de pesquisa e intervenção?Propomos a seguir um breve ensaio sobre essas questões. Tendo como ponto de partida o papel da inatividade física sobre a etiologia das doenças crônicas, pretendemos revelar o imenso potencial do exercício físico como agente terapêutico. Áreas de atuação e investigação em Educação Física e Esporte Inatividade física: um ambiente inóspito para genes saudáveisEstudos epidemiológicos demonstram que a inatividade física aumenta substancialmente a incidência relativa de doença arterial coronariana (45%), infarto agudo do miocárdio (60%), hipertensão arterial (30%), ResumoA inatividade física é fortemente relacionada à incidência e severidade de um vasto número de doenças crônicas. Assim sendo, o exercício físico torna-se uma das ferramentas terapêuticas mais importantes na promoção de saúde e o profi ssional de Educação Física, o responsável por sua ampla disseminação. Nesse artigo, discorremos sobre as seguintes questões: Qual o impacto -biológico e socioeconômico -da inatividade física na saúde dos indivíduos?; 2) Qual o impacto da inserção da atividade física vida dos indivíduos?; 3) Qual o papel da profi ssional de Educação Física na promoção de saúde e quais os desafi os que a Educação Física, enquanto ciência ("lato sensu") e profi ssão, deve enfrentar nas próximas déca-das? Tendo como ponto de partida o papel da inativ...

Frequência e severidade de sintomas de disfunção temporomandibular em praticantes de Crossfit®: estudo transversal

“…Ainda pode ser contabilizada como limitação a ausência de grupo controle. Isto ocorreu, pois, enquanto grupos de sedentários estão relacionados à maior predisposição de alterações emocionais como depressão e ansiedade 22 , que são outro fator etiológico relevante para aumento da incidência de DTM4, não foi possível definir qual esporte ou nível de atividade física seria o mais adequado para uma comparação com o CrossFit® sem que se configurasse um viés metodológico.…”

Little hearts changing lives no processo de cocriação

“…(Resnick & Robinson, 2017). A reflexão é possível mediante escalas, como o Questionário Internacional de Atividade Física -iPAQ (Matsudo et al, 2008;Thomaz et al, 2010;Gualano & Tinucci, 2011), o Questionário de Frequência Alimentar -QFA (Sampson, 1985;Molina et al, 2013) As oficinas (workshops) foram pensadas para educadores e voluntários da educação. O projeto foi possível pela parceria entre Ministério das Relações Exteriores (através do Consulado-Geral do Brasil em Boston), voluntários da comunidade, e discentes e docentes do curso de saúde pública da Universidade de Massachusetts (UMass-Boston e UMass-Lowell ).…”

Influência do conhecimento popular de plantas medicinais e a prática de atividade física na melhora da qualidade de vida

“…Outro filósofo, de origem romana, chamado Juvenal, também enalteceu a importância desta relação ao dizer que: "Mens sana in corpore sano" ("Mente sã em corpo são") (HIPPOCRATE, 1983 apud GUALANO; TINUCCI, 2011). A importância da AF vinculada à alimentação obteve reconhecimento desde o início das civilizações, com a afirmação de Hipócrates: "O que é utilizado, desenvolve-se, o que não o é, desgasta-se se houver alguma deficiência de alimento e exercício, o corpo adoecerá" (HIPPOCRATES,1983 apud GUALANO;TINUCCI, 2011 Amorozo (2002), alguns dos fatores considerados fundamentais para o enfraquecimento das práticas tradicionais de uso da fitoterapia foram: a urbanização vinculada à modernização, o êxodo rural, a mulher no mercado de trabalho, o desinteresse dos jovens pelas práticas de costumes tradicionais, a destruição de florestas e a dizimação de povos nativos.…”