Nova era para a acreditação de laboratórios

Abstract

A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) vem sendo pioneira no movimento pela qualidade na saúde no Brasil, e por isso tornou-se um posto privilegiado para acompanharmos estas tendên-cias.Há décadas a SBPC/ML criou e mantém, em parceria com a empresa Control-Lab, o Programa de Proficiência em Ensaios Laboratoriais (PELM), que conta com pleno reconhecimento da comunidade laboratorial e, recentemente, também da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), por meio da certificação da Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos em Saúde (REBLAS). Este programa, desde o seu início voluntário, traz aos seus participantes subsídios preciosos para a melhoria contínua, encontrando-se também, ele mesmo, em constantes evolução e reformulação.Pois bem, agora podemos acompanhar, como tendência colocada na Consulta Pública n. 50 de 2005 (ANVISA), a qual pode se concretizar em forma de Resolução da Diretoria Colegiada -uma RDC de caráter obrigatório -, o reconhecimento pela autoridade sanitária de que a participação em programas de proficiência é fundamental para garantir a segurança da população atendida pelos laboratórios brasileiros. A SBPC/ML se alinha com a ANVISA e fará todos os esforços para que os laboratórios clínicos possam se adequar a essa exigência.Ainda há menos de uma década, a SBPC/ML criou e mantém o Programa de Acreditação de Laboratórios Clíni-cos (PALC), também pioneiro, que permite aos laboratórios participantes acesso às melhores práticas em medicina laboratorial. Esse acesso se inicia no momento do estudo e da implantação dos requisitos, mas se aprofunda com as auditorias realizadas por pares, as quais se constituem em momentos de rica troca técnica e pessoal para auditores e auditados. Os laboratórios participantes podem melhor testemunhar o que significa participar desse seleto grupo de vanguarda, e o fazem sempre.Contudo acreditamos que os princípios das boas práticas e os conhecimentos que hoje a SBPC/ML detém devam ser democratizados e colocados ao alcance de todos os laboratórios e, mais importante, dos pacientes por eles atendidos. Em função disso, a SBPC/ML permanecerá mantendo e ampliando o PALC, e continuará colaborando com iniciativas governamentais, como a Organização Nacional de Acreditação (ONA) e a ANVISA por meio de cooperação técnica. Ao mesmo tempo, está em finalização um ambicioso projeto para a divulgação do PALC aos médicos. Eles terão papel fundamental em valorizar e prestigiar os laboratórios acreditados.Hoje a palavra acreditação entrou definitivamente para a agenda nacional, e temos todas as evidências, partindo inclusive de compradores de serviços, de que o reconhecimento de um prestador se fará na medida de sua qualificação. E cremos que isso não se dará apenas no âmbito dos laboratórios, mas de todas as instituições de saúde.Os leitores do JBP estão conclamados a se aproximarem dos programas de proficiência e de acreditação, se ainda não o fizeram, para que possam também fazer parte desse movimento inexorável pela melhoria da qualidade e...

Continuing education as a Laboratory Management tool associated with Scientific Advice with a focus on quality and patient safety in the pre-analytical phase

“…In 1977, together with Control Lab, SBPC / ML launched the Medical Laboratory Excellence Program (PELM) and in 1998 created the Clinical Laboratory Accreditation Program (PALC), which was revised in 2004, 2007 and 2010 (Vieira, 2004). PALC opens a pathway for Brazilian laboratories to continuously improve quality, through audits carried out by peers, that is, by laboratories, providing opportunities for exchanging technical knowledge between auditors and auditees (Vieira, 2004(Vieira, , 2005.…”

A utilidade dos indicadores da qualidade no gerenciamento de laboratórios clínicos

“…Em 1999, foi criada a ONA, cujo principal objetivo é a implementação nacional de um processo permanente de melhoria da qualidade da assistência à saúde, estimulando os serviços a atingirem padrões mais elevados de qualidade (www.ona.org.br). Em 2001/02, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) reconheceu oficialmente o Sistema Brasileiro de Acreditação por meio da Resolução nº 921/02 e firmou um convênio com a ONA para cooperação técnica e treinamento de pessoal, o qual contou com a participação, entre outras, da SBPC/ML (2,42) .…”

“…No ano de 1977, em contrato com a Control-Lab, a SBPC/ML pôde lançar o programa de controle de qualidade interno e externo, inédito no país, intitulado Programa de Excelência de Laboratórios Médicos (PELM), e, em 1998, criou o PALC, os quais foram revisados e atualizados nos anos 2004, 2007 e 2010. O PALC permite aos laboratórios brasileiros um caminho para a melhoria contínua da qualidade, principalmente pelas auditorias realizadas por pares, ou seja, por laboratoristas, propiciando oportunidades de trocas de conhecimentos técnicos entre auditores e auditados (42) . Mais recentemente, novamente em parceria com a Control-Lab, a SPBC/ML disponibilizou o Programa de Indicadores Laboratoriais, permitindo aos laboratórios clínicos brasileiros a possibilidade da padronização de seus indicadores, bem como a comparabilidade dos mesmos (www.sbpc.org.br/institucional/historia) (43) .…”

O impacto da tecnologia da informação sobre os indicadores de desempenho, qualidade e economicos de um laboratorio clinico de medio porte

“…Deve ser entendido como uma entidade dissociada dos sistemas de automação laboratorial, com quem pode ter uma relação de grande intimidade, quase simbiótica, mas de quem deve ser desvinculado quando se quer compreender sua real finalidade. A automação laboratorial, por sua vez, pode ser visualizada como parte do laboratory automation system (LAS), um conjunto que engloba as atividades de gerenciamento de processos envolvidos no controle de equipamentos e instrumentos laboratoriais, controle de amostras e processos analíticos (7,25,29 O Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) é uma das disciplinas contempladas na administração de uma empresa, devendo ser estruturado com o objetivo de: priorizar clientes, integrar as atividades organizacionais, esclarecer como se deseja obter a qualidade, conscientizar as pessoas, controlar os processos continuamente, estimular e implantar a melhoria contínua (5,34,35).…”