The female of Ichthyocladius kronichticola Mendes, Andersen et Sæther, 2004 (Diptera: Chironomidae: Orthocladiinae)

Abstract

The female of Ichthyocladius kronichticola Mendes, Andersen et Sæther is described and figured. The female genitalia shows characters like a large, apparently undivided gonapophysis VIII; large oval seminal capsules; and fused, fully sclerotized labia, that strengthen the placement of the genus in the Corynoneura-group of genera.

Pandemia de Covid 19 e condição humana: narrativas de mulheres idosas na Zona Leste de São Paulo

“…Há diferenças de geração, classe, gênero, raça e lugar de moradia que demarcam as possibilidades de cuidado e de acesso aos serviços médico-hospitalares (e também assistenciais), já que tanto aquelas possibilidades quanto o acesso a esses serviços são distribuídos desigualmente entre as classes e camadas sociais (Magalhães, 2020). Se realizarmos uma leitura interseccional de classe, gênero, idade e até mesmo espaço, notaremos que os grupos mais vulneráveis foram de fato os mais atingidos pela Covid-19 (Mendes;Oliveira, 2020). Já no início da pandemia, pesquisa da Rede Nossa São Paulo e Ibope Inteligência evidenciou a crença, por parte de 81% dos paulistanos, de que as periferias seriam as áreas que mais sofreriam com a pandemia (Nossa São Paulo, 2020).…”

“…Nesse sentido, a pandemia provocada pela Covid-19 aprofundou as contradições vividas numa sociedade extremamente desigual, como a brasileira, iluminando a luta pelo "direito à vida" que acompanhou aquele do "direito à cidade", dimensões da condição humana (Henning, 2022). De forma semelhante, Carlos Henning (2020) aponta como as (in)ações do Estado acirraram os efeitos da pandemia na vida das comunidades periféricas:…”

“…Como nos alerta Henning (2020), a pandemia da Covid-19 também tem gerado e mobilizado uma profusão de concepções, discursos e práticas conflitantes sobre a velhice -e este artigo busca contribuir para uma compreensão adensada sobre as experiências de idosos em contextos sociais urbanos, entrecruzando dimensões críticas para nosso tempo.…”

“…Vulnerabilidade, de acordo com Acselrad (2013), é uma noção relativa, associada à exposição aos riscos, e designa maior ou menor suscetibilidades de pessoas, lugares ou ecossistemas que sofrem algum tipo de agravo decorrente de uma relação histórica estabelecida entre diferentes segmentos sociais. Como bem sintetizam Mendes e Oliveira (2020), para eliminar ou diminuir a vulnerabilidade é necessário que as causas das privações sofridas pelas pessoas ou grupos sociais sejam ultrapassadas e que existam mudanças nas relações que os vulneráveis mantêm com o espaço social em que estão inseridos. Dessa forma, chegase à constatação de que a vulnerabilidade é socialmente construída e definida a partir de um ponto de vista e que ela também está relacionada ao conceito de (des)humanidade para certos grupos sociais.…”

“…O risco de morrer de Covid-19 aumenta com a idade, já que a maioria das mortes ocorrem em idosos, especialmente aqueles com doenças crônicas. Assim, o mundo e o Brasil adotaram medidas de isolamento e distanciamento social, interrupção em atividades presenciais de trabalho e lazer, gerando sofrimento, danos emocionais e financeiros que afetaram diferentemente cada grupo geracional (Mendes;Oliveira, 2020).…”