2005
DOI: 10.1590/s1519-38292005000500009
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A relação entre o avaliador e o objeto avaliado

Abstract: Em um contexto onde o desenvolvimento do processo de institucionalização da avaliação da atenção básica requisita a participação dos envolvidos, fazendo crescer as dúvidas quanto à possibilidade de isenção dos avaliadores internos diante dos elementos de fracasso que forem identificados no trabalho cotidiano, este artigo discute uma questão que permeia toda prática avaliativa: a relação entre o avaliador e o objeto de avaliação. Adota-se a perspectiva de que na atenção à saúde o objeto da avaliação não é exter… Show more

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“…Albuquerque (2002) explica, todavia, que a percepção dos brasileiros sobre o serviço público é de um serviço destinado para os pobres, que não exige qualidade, diferindo da percepção das pessoas nos países desenvolvidos, em que as instituições públicas cuidam do bem estar social para usufruto de toda a sociedade. Nessa direção, Feliciano (2005) mostra que a principal finalidade da avaliação em saúde é aprimorar a capacidade de oferecer adequada atenção e melhor condição de saúde aos cidadãos. A avaliação exige, portanto, a articulação de uma proposta técnico-política com a prática daqueles que estão executando e usufruindo das ações de saúde, sendo essa prática compreendida e vivenciada de diferentes modos pelos que dela participam.…”
Section: Por Que Avaliar Programas?unclassified
“…Albuquerque (2002) explica, todavia, que a percepção dos brasileiros sobre o serviço público é de um serviço destinado para os pobres, que não exige qualidade, diferindo da percepção das pessoas nos países desenvolvidos, em que as instituições públicas cuidam do bem estar social para usufruto de toda a sociedade. Nessa direção, Feliciano (2005) mostra que a principal finalidade da avaliação em saúde é aprimorar a capacidade de oferecer adequada atenção e melhor condição de saúde aos cidadãos. A avaliação exige, portanto, a articulação de uma proposta técnico-política com a prática daqueles que estão executando e usufruindo das ações de saúde, sendo essa prática compreendida e vivenciada de diferentes modos pelos que dela participam.…”
Section: Por Que Avaliar Programas?unclassified
“…Também implica em negociação na busca de construir projetos terapêuticos individuais e estabelecer pactos entre a equipe e a comunidade, a equipe e a rede integrada de serviços de saúde, bem como entre a equipe e as distintas instân-cias institucionais de dentro e de fora do setor saúde. 2 Dessa perspectiva, a tomada de decisões relacionadas com a organização do processo de trabalho, as práticas em saúde, a coordenação de ações, o planejamento e a avaliação está apoiada na coerência entre a autonomia do julgamento de cada um e a expectativa de obter acordos e pactos na construção, entre outros aspectos, de projetos terapêuticos individualizados e de projetos de intervenção coletivos. Assim, o processo avaliativo em saúde remete de maneira simultânea à ideia de necessidade e de alguma incerteza quanto a seu destino, tendo em vista o condicionamento recíproco entre conhecimento, compreensão, execução e transformação da realidade.…”
Section: Prática Avaliativa Como "Ação Sensata"unclassified
“…Depara-se, portanto, com a necessidade de constituir, de modo duradouro, espaços de encontro entre interlocutores (políticos, planejadores, gestores, trabalhadores de saúde, usuários e não-usuários, instituições do setor e de fora do setor saúde), nos quais se arbitre entre reivindicações concorrentes relativas aos interesses e aos valores relacionados com a saúde, a doença e o cuidado. 2 Em quaisquer situações, os discursos e as práticas resultam da interação entre diversas pretensões, exigências e condições de validez. [3][4][5] O reconhecimento do processo avaliativo como construção coletiva, por conseguinte, a assunção do caráter contextual e reconstruído das decisões sobre os modos de agir, está presente nos discursos oficiais que expressam a expectativa institucional de aceitabilidade e legitimidade da Estratégia Saúde da Família.…”
Section: Introductionunclassified
“…Esta perspectiva está comprometida com o desenvolvimento da consciência crítica para a tomada de decisões e da capacidade de intervenção sobre a realidade, elementos encontrados nos enfoques que visam à aprendizagem social e organizacional, logo, elementos que formalizam a avaliação como um dispositivo de mudança. [17][18][19] Reconhecendo a especificidade e a interdependência da educação permanente e da assistência à saúde da criança, a avaliação contemplou a definição do que precisava ser feito mediante a educação permanente, a problematização do contexto de sua realização, o processo de trabalho do grupo e os seus resultados, intercalando aspectos teóricos, e o delineamento das mudanças necessárias no curso do a vacinação incompleta para a idade, o abandono precoce do aleitamento materno, as deficiências do acompanhamento do crescimento, o despreparo do agente comunitário e a falta de articulação no interior da equipe. Como as dificuldades da atenção à saúde da criança não se restringiam à prática clínica, surgiram inquietações acerca da maneira de pensar e de fazer a educação em serviço.…”
Section: Métodosunclassified
“…14 Apesar de restrito aos aspectos nucleares do trabalho planejado, ou seja, ao "que é feito" por referência ao que "se pode e/ou se deve rigor que perpassou a produção e a análise contextualizada das informações em que foram utilizados, além dos preceitos técnicos e estratégicos para a concretização de procedimentos e atividades que comumente servem de referência à avaliação normativa, os pressupostos e valores dos participantes das ações. 17,18 Por outro lado, para o caráter reflexivo adotado no que pode se definir como uma descrição expandida desta experiência, motivando a opção que foi feita, neste artigo, pela forma de narrativa para comunicar os aspectos considerados mais significativos da avaliação do processo de educação permanente. A discussão de casos clínicos que atende a solicitação profissional tem contado, em geral, com a participação do médico, do enfermeiro e do agente da microárea de residência da criança, utilizando instrumento próprio para monitorar a qualidade da assistência.…”
Section: Métodosunclassified