2012
DOI: 10.1590/s1518-76322012000200003
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Nas fissuras dos cadernos encardidos: o bordado testemunhal de Carolina Maria de Jesus

Abstract: Este artigo objetiva referendar a escritura de uma autora que conseguiu alçar voos mais longínquos do que suas limitadas condições socioeconômicas lhe impuseram. Propõe, ainda, mostrar que os escritos de Carolina Maria de Jesus indicam uma cisão conceitual do mundo através de uma ressignificação do discurso do cotidiano e este é materializado através de alegorias severamente vividas. A instância sujeito-autor coloca na experiência empírica de um discurso da exclusão a real experiência dafome e faz deste experi… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1

Citation Types

0
0
0
1

Year Published

2014
2014
2014
2014

Publication Types

Select...
1

Relationship

0
1

Authors

Journals

citations
Cited by 1 publication
(1 citation statement)
references
References 0 publications
0
0
0
1
Order By: Relevance
“…Trata-se de uma escrita operada pelo corpo enquanto "realidade concreta, vivência prática, conhecimento espontâneo, biografi a cotidiana e oralidade Um mundo feito de papel popular" (Richard, 2002, p. 149 apud Carrijo;Santos, 2012, p. 416), em uma palavra: uma escrita que afeta. Uma escrita fraturada: era da favela, porém queria dominar a norma culta como forma de ascensão social pela literatura (Carrijo;Santos, 2012, p. 420;Sousa, 2011, p. 97). Os erros gramaticais e ortográfi cos de Carolina são, eles mesmos, fraturas expostas da corporifi cação de sua dor, índices indeléveis de seu traço, de sua condição de existência que se converte em potência escrita ao situar sua perspectiva sobre o mundo.…”
Section: O Tempo Estrutural Do Sofrimento Socialunclassified
“…Trata-se de uma escrita operada pelo corpo enquanto "realidade concreta, vivência prática, conhecimento espontâneo, biografi a cotidiana e oralidade Um mundo feito de papel popular" (Richard, 2002, p. 149 apud Carrijo;Santos, 2012, p. 416), em uma palavra: uma escrita que afeta. Uma escrita fraturada: era da favela, porém queria dominar a norma culta como forma de ascensão social pela literatura (Carrijo;Santos, 2012, p. 420;Sousa, 2011, p. 97). Os erros gramaticais e ortográfi cos de Carolina são, eles mesmos, fraturas expostas da corporifi cação de sua dor, índices indeléveis de seu traço, de sua condição de existência que se converte em potência escrita ao situar sua perspectiva sobre o mundo.…”
Section: O Tempo Estrutural Do Sofrimento Socialunclassified