Cenas do cotidiano na educação infantil: desafios da integração entre cuidado e educação

Abstract

ResumoO objetivo deste artigo é discutir a rotina das crianças na educação infantil, especificamente daquelas de zero a quatro anos de idade, tendo como foco os momentos de descanso e alimentação. Nessa etapa do atendimento educacional, as relações dialógicas entre os adultos e as crianças e a integração entre cuidado e educação são pressupostos essenciais de uma educação infantil de qualidade, condição para garantia dos direitos fundamentais dos bebês e das crianças pequenas. A investigação consistiu em uma pesquisa qualitativa, mediante estudo de caso de cunho etnográfico, realizado em 2010 e 2011, em um Centro de Educação Infantil (CEI) público da rede municipal de São Paulo, que atende crianças de zero a quatro anos. Os procedimentos metodológicos conjugaram observação participante, análise documental e entrevista semiestruturada com a equipe do CEI e com as famílias. A investigação envolveu revisão da literatura, tendo como principais referências Barbosa, Batista, Coutinho, Guimarães, Korczak, Tristão e Wallon. Os resultados evidenciaram que as emoções expressas pelas crianças nos momentos das refeições e descanso são, em grande medida, desconsideradas. Constatou-se também contradições entre as proposições de integração entre cuidado e educação expressas no projeto pedagógico e os discursos e práticas das professoras efetivadas junto às crianças. O estudo concluiu que é fundamental inserir as temáticas de cuidado com o corpo -alimentação, higiene, descanso, saúde -como parte da formação continuada e dos planejamentos semanais realizados nas instituições de educação infantil. Palavras-chaveEducação infantil -Rotina na educação infantil -Relação educadores-crianças -Integração entre cuidado e educação.

La formación de ciudadanos alrededor de la alimentación. Programa Buen Comienzo Medellín

“…Los resultados de nuestro estudio demuestran la relevancia de los momentos de la alimentación en los centros infantiles para la formación de ciudadanía, especialmente desde la autonomía y el autocuidado, y también de cómo estos momentos se convierten en el espacio propicio para promover la expresión de las opiniones y percepciones (gustos, rechazos, antojos) de los niños, posibilitando la comprensión del adulto, lo que redunda en el fortalecimiento de la participación de los niños. Otros autores también han resaltado la importancia de los momentos de la alimentación para la formación ciudadana en comparación con otras situaciones cotidianas en los hogares y los centros infantiles (31). En este tema, el alimento tiene un papel preponderante por su significado social, ya que los niños sienten la necesidad de tocar, sentir las formas, los sabores y las texturas, oler, mirar y explorar el alimento.…”

“…También resalta que las instituciones infantiles representan para las familias una oportunidad de proporcionar a los niños una buena alimentación en un ambiente seguro (9). Sin embargo, en otro estudio realizado en São Paulo, Brasil, se encontró que durante los momentos de la alimentación existía poca interacción entre las profesoras y los infantes, muchas represiones y poca evaluación a las intervenciones de los docentes en relación con los lineamientos pedagógicos, lo que evidenciaba prácticas pedagógicas sin intencionalidad y sin reflexión (31).…”

A Teoria Psicogenética De Henri Wallon: Um Diálogo Necessário Na Educação Infantil

“…A escola representa um ambiente oportuno para instruir as crianças e fornecer novas formas de organização e interação com os grupos, colaborando nas relações interpessoais. A educação infantil deve-se ter em vista o resgate pela dimensão ética e pelo cuidado em consideração com a criança pequena, que precisa de afeto e atenção durante todo o processo de aprendizagem desenvolvida por ela (MONÇÃO, 2017).…”

Oportunidades de autorregulação em contexto pré-escolar: percepções e práticas de educadores de infância

“…É tarefa dos educadores explorar os objetivos pedagógicos adaptados a cada faixa etária e compreender que a sua mera aplicação não significa necessariamente que as crianças estão a construir conhecimento. Assim, os educadores devem estar preparados para reconstruir e refletir sobre a sua prática, articulando diferentes interesses e necessidades das crianças, contextos, realidades e a sua intencionalidade pedagógica (MONÇÃO, 2017). Como educadores, num sentido mais lato, devem estar atentos à direção dada às tarefas educacionais e às metas a alcançar.…”