Tuanny Gomes Siqueira Amaral Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Paraná, Brasil Constituída por dez artigos, a obra organizada por Barros e Rios-Registro traz trabalhos desenvolvidos no campo dos estudos dos gêneros textuais como objetos de ensino, contemplando experiências que, sob diversos enfoques, refletem sobre aspectos relacionados ao uso da metodologia Sequência Didática (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004), conforme é possível observar em seu título. Logo, os trabalhos aqui apresentados partem de um mesmo olhar teórico, o Interacionismo Socio-discursivo (ISD), trazido a partir de autores como Jean Paul Bronckart.As autoras e também professoras e pesquisadoras pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) compilaram o livro a partir do Grupo de pesquisa "Gêneros textuais e Ensino de Línguas" -GETELIN -que à época contava com duas linhas de pesquisa, uma em Língua Portuguesa e outra em Língua Inglesa, as quais eram coordenadas por Barros e Rios-Registro, respectivamente. A divisão da obra em duas partes justifica-se, portanto, às diferentes linhas às quais as organizadoras pertenciam.Na primeira parte da obra temos os trabalhos relacionados ao Ensino da Língua Portuguesa, iniciando pelo capítulo de Terezinha da Conceição Costa-Hübes e Claudete Aparecida Simioni, intitulado Sequência didática: uma proposta metodológica curricular de trabalho com os gêneros discursivos/textuais, no qual as autoras discutem a adoção do procedimento Sequência Didática (doravante SD) como metodologia de ensino da Língua Portuguesa nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Para tanto, as autoras defendem a necessidade de adequações nesse procedimento para sua aplicação no contexto escolar brasileiro, principalmente nos anos iniciais, nos quais apenas uma professora deve dar conta dessa disciplina e várias outras. Como resultado, as autoras organizam a SD adaptada contendo as seguintes etapas: 1) Apresentação da situação de comunicação; 2) Seleção do gênero; 3) Reconhecimento do gênero (por meio de pesquisa, leitura e análise linguística); 4) Produção oral ou escrita; 5) Reescrita do texto (quando escrito); 6) Circulação do gênero. Por meio dessas etapas, Costa-Hübes e Simioni esperam que os alunos dos anos iniciais possam desenvolver seu conhecimento sobre as