“…Convém, pois, ter em mente, no caso em que nos centramos neste trabalho, que a preocupação com a formação de cidadãos livres de preconceitos e da mentalidade burguesa implementada durante o colonialismo é consubstanciada num projeto educacional, apresentado pelo Ministério de Educação e Cultura, em 1981, projeto esse aprovado pela Assembleia da República e promulgado em 1983, nele estando patente a construção da moçambicanidade (Gonçalves, 2007). A questão da cultura está presente no processo de ensino e aprendizagem e na Constituição da República de Moçambique (2004); no nosso entender, é na dança que, por ser a expressão artística, que encontramos uma via que abre fortes possibilidades de encontro entre alunos(as) e profissionais de diversas culturas, sendo que, cada um(a) carrega os seus usos e costumes desenvolvendo, desta maneira, processos de relacionamento social, a partir das aprendizagens, que vão construindo em colaboração.…”