Qualidade de ensino e gênero nas políticas educacionais contemporâneas na América Latina

Abstract

This article examines the concept of educational quality in the context of major global and regional policies proposed by international financial agencies such as the World Bank and the Inter-American Development Bank, world-wide agreements such as those envisioned by Education for All and the Millennium Development goals, and global civil society as the World Social Forum and the World Education Forum. Content analysis of the discourse of these distinct and influential groups reveals that quality is defined and measured exclusively in cognitive terms and reduced to two basic skills: math and reading. Quality, therefore, is dissociated from processes of social change to which education should be a key contributor. Major global policies such as Education for All and the Millennium Development Goals do not consider the importance of inserting gender awareness in the provision of an education of high quality and their objectives see gender only as it relates to equal access to school by girls and boys. It is argued that leaving the treatment of gender out of the curriculum and failing to retrain teachers to recognize gender issues in the everyday practices of the school and classroom contributes to the persistence of values and practices that reaffirm arbitrary and asymmetric distinctions between women and men. The author proposes that from a feminist perspective quality must go well beyond access to include equal treatment of girls and boys in the classroom; a curriculum content that depolarizes gender identities' knowledge that affects people's lives such as sex education, domestic violence, and citizenship; and school practices to develop assertive and confident personalities in girls as well as in boys.

Presenças e ausências de gênero e sexualidade na formação inicial em pedagogia das IES comunitárias de Santa Catarina

“…Essa visão busca apontar que as desigualdades e a violência das discriminações vividas na escola, pré-escola e creche e, fora delas, têm na educação um espaço de disputa contra-hegemônica e, cabe a todos/as escolher qual sociedade se deseja [5] ARTIGO ter (e formar) no âmbito dos direitos sociais. Na visão das autoras desse artigo compartilhase da proposição de Nelly Stromquist (2007) de que é na integração e preocupação com ambas as dimensões que se terá, de fato, uma educação pública de qualidade, ressaltando-se a questão de qualidade da educação e gênero.…”

“…Claro que entre as duas concepções aqui situadas, talvez estereotipadas em demasia, haja muitas nuances que merecem uma reflexão em outro momento. No embate podemos situar, inclusive, os conceitos de qualidade na educação tão bem problematizados por Stromquist (2007), que podem tanto ser atribuídos ao simples acesso, permanência e conclusão, ou à qualidade da vivência escolar e a todo o leque de possibilidades humanas decorrentes do respeito à diferença necessário ao desenvolvimento social e emocional do/da estudante.…”

Diversidade sexual e de Gênero: entraves postos pelo Movimento “Escola sem Partido” para a Constituição da Escola Justa

“…Tais discursos encontram representação no cenário político e nas legislaturas de fundamentalistas religiosos, cujas ideias têm profunda ligação com as defendidas pelos movimentos pró-vida e pró-família. distribuídos no Brasil como estratégia para disseminar a posição dos grupos contrários à inserção das questões de gênero e sexualidade/orientação sexual no Plano Nacional de Educação 2014-2024.Cabe salientar que a construção do discurso antifeminista, que têm encontrado força política no Brasil, especialmente na última década, e que vêm ocupando cada vez mais espaço nas arenas formais de debate e decisão das questões públicas, se dá para/pela distorção dos argumentos feministas em relação ao gênero, que se sustentam na defesa dos binarismos, na fixidez dos papéis sociais, especialmente dos "papéis" tradicionais de gênero, numa concepção e abordagem ahistórica e acultural com sérias consequências políticas, especialmente quando o que se está em jogo é a concepção de direitos para minorias políticas e grupos sociais historicamente marginalizados Stromquist (2007),. a maior parte dos governos supõe, de forma errônea, que questões de gênero não são problemas para a sua realidade.…”

“…a maior parte dos governos supõe, de forma errônea, que questões de gênero não são problemas para a sua realidade. Elas não são entendidas como prioritárias nos planos educacionais, com exceção dos casos em que existem sérias disparidades Stromquist (2007). afirma, ainda, que o Brasil é um exemplo das raras exceções, com esforços no sentido de modificação dos currículos e melhoria dos livros didáticos.…”

Experiências docentes de formação continuada sobre gênero e sexualidade no ensino fundamenta

“…Boa parte das políticas educacionais norteiam formações docentes que parecem considerar que a escola é um espaço neutro e não questiona as experiências formativas que priorizam a formação para o currículo explícito e ignoram as relações cotidianas decorrentes do currículo oculto. Neste sentido, a escola continua a ser local de reprodução de sexismo, e a possibilidade de incorporar as questões de gênero na educação formal são frequentemente ignoradas, tornando-se um desafio superar o cenário de desigualdade de gênero (STROMQUIST, 2007).…”