O efeito do destreinamento de força muscular em meninos pré-púberes

Abstract

A treinabilidade da força em crianças tem sido bem explorada, mas ainda existe um questionamento a respeito de como a força diminui quando elas param de treinar. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de 12 semanas de destreino na força muscular de meninos treinados por 12 semanas. Sete meninos pré-púberes (EX, 9,4 ± 1,6 anos) treinaram três séries de 15 repetições, três vezes por semana, por 12 semanas. O treinamento foi supervisionado e desenvolvido em equipamentos; consistiu de oito exercícios, incluindo extensão de joelhos (EJ) e flexão de cotovelos (FC). O teste de 1-RM de EJ e FC foi feito antes e após o treinamento e após 12 semanas de destreinamento. Um grupo similar de meninos (n = 7, 9,7 ± 1,7 anos), que não treinou, serviu como grupo controle (CO). Após o treinamento o grupo EX aumentou (p < 0,05) 1-RM de 14,6 ± 9,8 para 26,2 ± 12,9kg na EJ, e 4,7 ± 2 para 7,9 ± 4,1kg na FC. Após 12 semanas de destreinamento, 1-RM foi 19,6 ± 11,2 na EJ e 6,5 ± 3kg na FC. O decréscimo na força não foi estatisticamente significativo (p > 0,05). Quando corrigida pelo peso corporal e pela massa corporal magra (MCM), 1-RM de EJ diminuiu significativamente (p < 0,05), de 0,64 ± 0,1 para 0,45 ± 0,1 e de 0,83 ± 0,2 para 0,61 ± 0,2 do peso corporal e MCM respectivamente. A força de FC não diminuiu significativamente quando corrigida pelo peso corporal e pela MCM. O grupo CO não mudou os níveis de força nas primeiras 12 semanas, mas após 24 semanas, apresentou um aumento de 41% no 1-RM de EJ e 53% na FC. Conclui-se que após o destreinamento a força muscular em valores absolutos não apresenta redução significativa; os resultados são significativos apenas quando corrigido pelo peso e MCM, e isso se evidencia apenas nos membros inferiores.

Correlação do teste de 1RM com aspectos maturacionais, neuromotores, antropométricos e a composição corporal em crianças e adolescentes

“…In this aspect, a study carried out by Hulthén et al (24) indicated that sufficient endogenous production of growth hormone is important to the maturation of the lean mass as well as to muscular strength in adolescents and young adults. Thus, it is coherent when some investigations try to correct the 1RM load by the body mass (BM) as proposed by Vanderburgh (25) , or by the lean body mass (LBM) as performed by Fontoura et al (7) , aiding hence in the results' interpretation.…”

“…This fact can be explained by the positive aspects derived from this practice, which can include important morphological, neuromuscular, physiological and even social and behavior alterations (4) . In this context, different researchers have investigated the effect of weight training in children on variables such as growth, muscular strength increase, performance improvement in sports practice and alterations in the body composition, as well as its role concerning the onset of injuries (2,(5)(6)(7)(8) .…”

“…In a trial to collect information on the effects of weight training on muscular strength of children, the 1RM tests have been used in many studies (2,7,9,10) . Relevant points concerning the use of tests with load dislocation by children have been analysed, such as: stabilization of loads in repetition maximum tests (2) and confidence in isokinetic tests of muscle endurance in knee extension and flexion for children (11) .…”

Contributo da dança criativa no desenvolvimento da força em crianças

“…Diversos estudos (1,3,6,11) reforçam a importância do trabalho da força, de corpos magros, da flexibilidade e da força explosiva dos membros inferiores em bailarinos. O treino de força apresenta resultados estatisticamente significativos quando correlacionado ao peso (4) . Em resultado do treino de força, jovens bailarinos e bailarinas apresentam uma maior rotação externa e interna das ancas, assim como uma maior amplitude na flexão dorsal, também adultos bailarinos, após um programa de desenvolvimento da força nos músculos isquiotibiais e quadríceps, apresentaram uma maior extensão e flexão dos joelhos e uma percentagem menor de massa gorda, aumento da massa isenta de gordura, menor circunferência da cintura e mais resistência (7) .…”

Comparação do desempenho de praticantes de exercícios resistidos por diferentes métodos de ajuste pela massa corporal

“…Although evidence suggests that body mass (BM) and muscle strength (MS) are associated [3][4][5][6][7] , the importance of adjusting or scaling MS levels to BM during assessments is often neglected when the purpose is to compare different individuals. If any kind of scaling is adopted 8,9 ,it is often limited to the use of the ratio standard (MS/BM) 10 . Other variables, such as the cross-sectional area (CSA) of muscles, may be biologically more closely correlated with MS [11][12][13][14] , but reliable measurements of CSA are expensive and made using computed tomography 12 or magnetic resonance 14 , which makes the use of BM more attractive.…”