Efeito do tempo pós-prensagem da resina acrílica na alteração dimensional da base de prótese total

Abstract

CONSANI, R. L. X.; DOMITTI, S. S.; CORRER SOBRINHO, L.; SINHORETI, M. A. C. Efeito do tempo pós-prensagem da resina acrílica na alteração dimensional da base de prótese total. Pesqui Odontol Bras, v. 15, n. 2, p. 112-118, abr./jun. 2001.A alteração dimensional da base de prótese total foi verificada em função do tempo pós-prensagem da resina acrílica.Foram confeccionados 20 corpos-de-prova constituídos por modelo de gesso/base de cera, os quais posteriormente foram incluídos pela técnica de rotina em muflas metálicas. A resina acrílica termopolimerizável Clássico foi proporcionada e manipulada de acordo com as instruções do fabricante. Após prensagem final sob carga de 1.250 kgf em prensa de bancada, a resina acrílica foi submetida ao ciclo de polimerização em água aquecida a 74ºC por 9 horas, segundo os tempos pós-prensagem imediato, 6, 12 e 24 horas. As bases de resina foram fixadas no modelo com adesivo instantâ-neo e o conjunto seccionado lateralmente nas regiões correspondentes à distal dos caninos (A), mesial dos primeiros molares (B) e palatina posterior (C). O desajuste entre base e modelo foi verificado com microscópio comparador em cinco posições para cada tipo de corte. Os resultados submetidos à análise estatística e ao teste de Tukey (5%) mostraram que não houve diferença estatística significativa na comparação entre os tempos pós-prensagem imediato e de 6 horas, assim como entre os tempos de 12 e de 24 horas; entretanto, houve diferença significativa entre os grupos com prensagem imediata/após 6 horas e os grupos com prensagem após 12/24 horas.UNITERMOS: Prótese total; Resinas acrílicas. INTRODUÇÃOA alteração dimensional da base da prótese resulta da contração do monômero durante a polimerização e das tensões liberadas no esfriamento da mufla 4 . Por outro lado, variações no processamento não podem alterar o padrão de comportamento dimensional da resina acrílica 12 , devido à diminuição do peso molecular da cadeia do polímero resultante 25 . Entretanto, a magnitude da alteração dimensional da resina acrílica pode sofrer influência de alguns fatores, como o método de polimerização 6 , envolvendo tensões internas causadas pelos diferentes coeficientes de expansão térmica do gesso e resina 29 e a espessura da base, com diferentes localizações dentro da mufla 8,23,30 , afetando a adaptação e estabilidade da prótese total 3,14 . Nessas condições, apesar de a resina acrílica ser o material mais utilizado na confecção da prótese total, devido à inúmeras condições apreciáveis, apresenta as desvantagens da contração de polimerização e distorção. A contração devida à reação de polimerização não é uniforme, sendo mais pronunciada na região posterior do palato 24 e dificilmente poderá ser compensada após o processamento 8 . Por outro lado, a distorção é resultante do esfriamento e da remoção da base do modelo de gesso, ambos causando liberação de tensões induzidas durante o processamento 7,17,21 . Conseqüentemente, a combinação contração de polimerização e liberação de tensões diminui o ní-vel de adaptação ao...

Evaluation of the maladaptation of the test base in acrylic resin regarding the technique of preparation, place of measurement and storage time

“…It was observed a general maladaptation of 0.27 mm ± 0.1, a result similar to those obtained by Consani et al 7 and Garbelini et al 18 . These results are due to the properties of the RAAT that presents the lower release of residual monomer and better dimensional stability when compared to RAAQ 10 , contributing to a better adaptation of the base.…”

“…Probably, this result is due to the greater contraction of polymerization and release of tensions of the resin in the posterior region of the palate due to the flatter geometry and with less restrictive areas, resulting in greater distortion of the base, as also observed by Kimpara et al 12 , Consani et al 7 , Skinner 19 and Almeida et al 8 There was no statistically significant difference between the RM and LM groups and between the RC and LC groups, probably because they were regions with similar geometry, although on opposite sides in the lateral. When analyzing the storage times, the base maladaptation increased after the immediate time, with no statistically significant difference.…”

“…This difference can originate from the fact that for the bases of G2, there was no stress induction as in the G1 bases when the resin was manually adapted to the model. Later, these tensions are released, is one of the main factors that promote the dimensional alteration of the resin, as previously analyzed by Phillips 4 , Woelfel et al 6 , and others 7,19 .…”

“…This result was due to a higher release of unreacted monomer in these first 24 hours, especially in the bases of group 2, because although maintained standard thickness for both groups, it becomes inevitable to use more liquid than powder for this technique. This would significantly increase the unreacted monomer content, being released in greater quantity in the first 24 hours and causing greater maladaptation in this period, according to Consani et al 7 , Rocha et al 5 and Menezes et al 16 . This study prioritized the methods most commonly used in dental schools in Brazil and did not use the storage of bases in water during this period, which would reduce the release of this residual monomer (because it is a medium with low oxygen solubility) 5 , resulting in better dimensional stability.…”

“…Many studies have investigated the adaptation of the base to laboratory techniques with thermally activated acrylic resin (RAAT) [7][8][9] , as well as others that demonstrate the superiority of RAAT over RAAQ mainly in the dimensional stability, which would lead to a better adaptation of the bases 10,11 . However, there are also the techniques with RAAQ that are taught in most dental schools in Brazil.…”