Além da "Monocultura Institucional": instituições, capacidades e o desenvolvimento deliberativo

Abstract

A teoria econômica moderna foi além do "fundamentalismo do capital". Nas palavras de Hoff e Stiglitz (2001, p. 389), "o desenvolvimento não é mais visto primariamente como um processo de acúmulo de capital, mas antes como um processo de mudança organizacional". Essa percepção possibilitou uma "virada institucional" na teoria do desenvolvimento ao enfatizar o papel de idéias e das instituições enquanto determinantes das possibilidades para o acúmulo de capital, ao invés do oposto. Tanto a "nova teoria do crescimento" quanto o "novo institucionalismo" de Douglass North são exemplos dessa virada institucional. Infelizmente, a "virada institucional" tem sido utilizada de modo perverso por formadores de políticas globais. A visão globalmente dominante é a de que, por serem as instituições tão importantes, por conseguinte, um planejamento institucional baseado em versões idealizadas de instituições anglo-americanas deve ser uniformemente imposto aos países ao Sul do globo para que se desenvolvam. De forma não surpreendente, essa visão falhou na prática. Perspectivas alternativas propostas por Rodrik e Sen defendem que o desenvolvimento tem poucas possibilidades de ter êxito a menos que a mudança institucional esteja alicerçada na tomada de decisões local. Essa é a visão explorada neste trabalho. O estado de Kerala na Índia e a cidade de Porto Alegre no Brasil são utilizados como casos concretos.

Participation in Discussion Spaces of Health Informatics in Brazil

“…As such, in the following paragraphs three theoretical perspectives that study participatory processes will be presented: Health Information Systems Project [6][7]10], Information and Information Technology in Health [8][9]11] and Development Studies [12].…”

“…Finally, within the context of Development Studies, Evans [12] observes the frustrating results of the institutional monoculture, which as he explains, "try(ing) to impose uniform institutional blueprints on the countries of the South -what I call "institutional monocropping" -has produced disappointing results" [12 p. 20]. Therefore, the author proposes for the amplification of the notion of development to go beyond economic growth and, based in the thinking of Amartya Sen, defends the organizational move in which "'deliberative democracy' offers a more substantial institutionalization of 'public discussion and exchange'" [12 p. 22].…”

“…Therefore, they influence the development of material elements of health informatics, which are: HIS, patterns of interoperability and norms, such as the allocation of resources, finances, technologies and people. This definition is based on the concept of networks of action [6], interfield spaces of information and information technology in health [8], and deliberative institutions [12].…”

“…According to the three perspectives [6,8,12], such actors are comprised of politicians, bureaucrats, businesses, social movements, international organisms, science and technology organizations, and class associations, among others. Based on Moraes and Gomez [8], the actors are classified in accordance with four categories: government, businesses, science and technology and civil society.…”

“…To do so, this work articulates three theoretical perspectives -Health Information Systems Project [6][7]10], Information and Information Technology in Health [8][9]11], and Development Studies [12] -in order to formulate an analytical model that relates instances and actors involved in the discussion of health informatics in Brazil. Therefore, national instances of discussion about health ICTs are identified, as are the actors who have participated in such instances.…”