2007
DOI: 10.1590/s1517-106x2007000200009
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Walter Benjamin, tradutor de Baudelaire

Abstract: O trabalho realiza uma reflexão sobre as relações entre a obra de Walter Benjamin e Charles Baudelaire a partir de uma interpretação da própria teoria e prática da tradução poética benjaminiana. Parte-se aqui do pressuposto de que a literatura é um imenso acervo de relações intertextuais, eminentemente rememorativas, no interior do qual a tradução tem um papel de destaque. A particular relação do leitor, crítico e poeta Walter Benjamin com o poeta Charles Baudelaire é paradigmática desse movimento rememorativo… Show more

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“…Os poemas de Baudelaire já haviam sido traduzidos pelo poeta Stefan George e essa tradução foi a que, de fato, tornou-se canônica, e assim permanece até hoje na língua alemã. Segundo Susana Kampff Lages (2007), as traduções de George eram fortemente domesticadoras, enquanto as de Benjamin, experimentais e estrangeirizantes, seguindo a orientação de Pannwitz, citado no célebre prefácio: "o erro fundamental de quem traduz é conservar o estado fortuito da sua própria língua, ao invés de deixar-se abalar violentamente pela língua estrangeira" (PANNWITZ apud BENJAMIN 2013: 118). "A tarefa do tradutor" compartilha algumas preocupações teóricas com alguns outros textos produzidos mais ou menos na mesma época, no período que se seguiu imediatamente ao fim da guerra que envolveu toda a Europa entre 1914 e 1918.…”
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“…Os poemas de Baudelaire já haviam sido traduzidos pelo poeta Stefan George e essa tradução foi a que, de fato, tornou-se canônica, e assim permanece até hoje na língua alemã. Segundo Susana Kampff Lages (2007), as traduções de George eram fortemente domesticadoras, enquanto as de Benjamin, experimentais e estrangeirizantes, seguindo a orientação de Pannwitz, citado no célebre prefácio: "o erro fundamental de quem traduz é conservar o estado fortuito da sua própria língua, ao invés de deixar-se abalar violentamente pela língua estrangeira" (PANNWITZ apud BENJAMIN 2013: 118). "A tarefa do tradutor" compartilha algumas preocupações teóricas com alguns outros textos produzidos mais ou menos na mesma época, no período que se seguiu imediatamente ao fim da guerra que envolveu toda a Europa entre 1914 e 1918.…”
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