Plasmaférese como tratamento de glomeruloesclerose segmentar focal (GESF) recorrente após transplante renal. Relato de caso e revisão da literatura

Abstract

IntroduçãoA glomeruloesclerose segmentar focal (GESF) é uma doença renal caracterizada por síndrome nefrótica, que acomete tanto as crianças quanto os adultos. Aproximadamente 7%-15% de todas as crianças com síndrome nefrótica idiopática, apresentam diagnóstico de GESF à biópsia renal. Quando não tratados, esses pacientes evoluem com proteinúria progressiva, queda da taxa de filtração glomerular e, em até 30% dos casos, progridem para insuficiência renal terminal em cerca de vinte anos. 1 O transplante é o tratamento de escolha para a doença renal terminal. Contudo, o índice de recorrência de GESF é alto, ocorrendo de 30% a 50% dos casos. Nesta situação ocorre recorrência da proteinúria com perda do enxerto de 58% a 80%, além do risco de recorrência de GESF aumentar muito em transplantes subseqüentes, podendo chegar até a 85% dos casos.

O uso da imunossupressão e a presença do vírus EBV como fatores estimulantes de PTLD posterior à rejeição de enxerto renal: relato

“…Embora o transplante seja melhor alternativa nesses casos, a GESF tem um grande índice de recidivas, ocorrendo em 30% a 50% dos pacientes transplantados. 2,17,19,22 Nesse sentido, o transplante pode conferir maior qualidade da vida e maior sobrevida aos indivíduos que enfrentam doenças renais. Porém, um grande detalhe é que na realização de transplantes alogênicos, a classificação da maioria desses procedimentos, é sempre acompanhada de algum tipo de rejeição ao enxerto.…”

Perfil dos procedimentos de plasmaférese terapêutica realizados pelo hemocentro da UNICAMP

“…No entanto, o índice de reincidência de GESF é alto, ocorrendo de 30 a 50% dos casos. A proteinúria recorrente pode levar à perda do enxerto em 58 a 80% e há também o risco de recorrência de GESF aumentar muito em transplantes subsequentes (MORAES et al, 2007).…”