Avaliação dos critérios de liberação direta dos resultados de hemogramas através de contadores eletrônicos

Abstract

Gostaríamos de agradecer ao Dr. Renato Failace, ao Farmacêutico Bioquímico Diogo Pilger e ao setor de hematologia dos laboratórios Weinmann-Faillace por todo o apoio na realização deste trabalho.

Validação de tecnologia 5diff do analisador hematológico Sysmex XS-1000i para laboratório de pequeno/médio porte

“…3,4,7,8,13 Fatores como rapidez, sensibilidade e especificidade podem contribuir com uma elucidação precoce e correta de estados patológicos, direcionando ao correto tratamento e evitando ou reduzindo a internação hospitalar. No entanto, todas as tecnologias empregadas nestes analisadores ainda geram grande desconfiança por parte dos profissionais da área, principalmente no que se refere à reprodutibilidade e confiabilidade frente ao método tradicional de contagem de células.…”

“…No entanto, todas as tecnologias empregadas nestes analisadores ainda geram grande desconfiança por parte dos profissionais da área, principalmente no que se refere à reprodutibilidade e confiabilidade frente ao método tradicional de contagem de células. 3,4,7,8,13 Na maioria das determinações mensuradas (diretas), a contagem de eritrócitos é realizada em equipamentos automáticos pelo princípio de impedância, no mesmo canal de contagem das plaquetas. A hemoglobina é dosada por espectrofotometria na câmara de contagem de leucócitos utilizando-se de agentes líticos com cianeto (Coulter T-890®), ou livres de cianeto, como o lauril-sulfato (Sysmex XS 1000i®).…”

“…[9][10][11][12][13][14][15][16][17] A fórmula leucocitária emitida pela tecnologia 5diff no analisador Sysmex XS 1000i® divide-se basicamente em cinco partes (neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos) e baseia-se no processo de citometria de fluxo fluorimétrica usando um semicondutor laser. 4 Conforme Bain (2004), os neutrófilos, eosinófilos, linfócitos e monócitos são analisados em canal diferencial através do conjunto de caracteres de cada grupo, após a interação com um corante fluorescente. São medidas: dispersão lateral da luz (indica a estrutura interna das células), dispersão frontal (indica o tamanho celular) e intensidade de fluorescência (indica o tamanho do núcleo).…”

“…Contudo, estes aspectos não tornam o procedimento manual insatisfatório, apenas geram algumas discordâncias que podem ser resolvidas pela avaliação de profissionais experientes na realização do exame. [1][2][3][4] Apesar do grande avanço tecnológico da área da hematologia, na maioria das vezes a observação microscópica da distensão sanguínea é necessária, tendo em vista que alguns equipamentos ainda não diferenciam determinados tipos ou alterações celulares, como neutrófilos mais jovens ou "bastonetes"; anomalia de "Pelger-Huët"; inclusões citoplasmáticas e vacuolizações citoplasmáticas, dentre outras alterações onde estes limitam-se apenas a emitir alarmes ou flags sobre possíveis ocorrências. 1,2,3,7,13,15 Partindo destes princípios, o objetivo do presente estudo foi avaliar a confiabilidade de resultados de hemogramas automatizados (tecnologia 5 diff -Sysmex XS 1000i®) quando comparado com outras duas metodologias (análise de impedância -Couter T890® ) e contagem diferencial manual de 200 células.…”

“…A realização do hemograma automatizado com contagem diferencial de leucócitos aumentou a capacidade de produção do laboratório, permitindo maior agilidade na entrega de resultados ao paciente. [3][4][5][6][7] Vale ressaltar também que os equipamentos atuais utilizam metodologias combinadas para diferenciação e quantificação celular, trabalhando com menor volume de amostra, analisando uma maior quantidade de parâmetros em menor tempo. Nos últimos anos houve um grande desenvolvimento no diagnóstico laboratorial de doenças hematológicas, iniciando-se assim estudos sobre as diferentes metodologias empregadas para realização do hemograma.…”