Origem da vida: como licenciandos em Ciências Biológicas lidam com este tema?

Abstract

A presente pesquisa identificou e analisou a representação social do tema origem da vida entre estudantes da licenciatura em Ciências Biológicas de uma universidade federal do Rio de Janeiro. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário, e seus resultados analisados qualitativamente, de acordo com a metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). A análise e discussão dos resultados permitiram concluir que a representação social dos licenciandos, em relação ao tema proposto, apresenta elementos de uma cultura religiosa e de uma cultura científica. A análise dos elementos científicos nos permitiu identificar algumas deficiências nos conhecimentos expressos por esses sujeitos; apresentamos indícios de que essas deficiências derivam basicamente de duas fontes: (a) a ausência de abordagem específica do tema no curso de graduação da universidade pesquisada e (b) o conteúdo dos livros didáticos do Ensino Médio.

A Sistemática Filogenética em periódicos na área de ensino

“…Além disso, aparentemente as coleções de LD não estão no mesmo estágio de uso da filogenia para o estudo da diversidade biológica, ou seja, não há um sincronismo no uso da abordagem filogenética, fazendo com que a compreensão sobre o assunto fique condicionada, mesmo que parcialmente, à qualidade do conteúdo da coleção de LD escolhida. Segundo Nicolini et al (2010), assuntos como evolução e darwinismo, origem da vida e definição de vida são temas relevantes na formação científica humana e social (em especial no Ensino Médio, segundo esses autores) e, por esse motivo, mereceriam especial atenção dos LD, inclusive no que se refere à apresentação das divergências de ideias relacionadas ao assunto. No que tange aos problemas relacionados ao material didático do ensino superior, um fator agravante pode ser o prejuízo causado à formação inicial docente.…”

Concepções sobre a Origem e Evolução da Vida por Licenciandos em Ciências da Natureza

“…Após, os documentos entregues pelos licenciandos foram enumerados por ordem de análise e estes resultados foram avaliados qualitativa e quantitativamente. (Nicolini et al, 2010). Research, Society and Development, v. 9, n. 11, e10491210759, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10759 Dentre as respostas à questão 2, considerando que Uruguaiana é uma cidade fronteiriça, a alta incidência das concepções relacionadas ao Criacionismo contrasta com respostas dos acadêmicos secundaristas argentinos, dos quais, 3% mencionaram a Geração Espontânea, 60% referiram respostas Evolucionistas e, apenas 5% enquadraram-se como Criacionistas (Galli et al, 2018).…”

“…Importante dado, considerando a evolução biológica como eixo central e unificadora da Biologia (Dobzhansky, 1973;Meyer & El-Hani, 2005). Corroborando, Nicolini (2006) destaca que este assunto desperta interesse e curiosidade por parte dos estudantes, Médio, apresentam programas curriculares prevendo o ensino de "Origem da Vida" (Nicolini, 2006 Research, Society and Development, v. 9, n. 11, e10491210759, 2020 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10759 estudantes nas universidades sem a base necessária para o desenvolvimento do tema em questão.…”

“…Em especial, o tema Origem da Vida e Evolução das Espécies desperta interesse em diversos grupos sociais. Estas representações sociais são reconhecíveis por elementos do senso comum, religiosos e científicos entre licenciandos de Ciências Biológicas ao abordarem a temática "Origem da Vida", elucidando diferentes pontos de vista e ressaltando a complexidade e uma necessária sensibilidade ao explorar o assunto no ensino escolar (Nicolini, 2006).…”

Christian Faith and scientific content in the classes of natural sciences: an analysis from works published in the last years

“…Pagan (2009) e Licatti (2005) relatam esforços de conciliação entre a perspectiva evolucionista e a criacionista por meio da síntese auxiliada por explicações pessoais. Também é verificada a adoção simultânea dos dois discursos (Nicoline, Falcão, & Faria, 2010). Há quem não cite o criacionismo em suas aulas ou quem o cite como opinião contrária à ciência (Souza, 2008).…”