RESUMOEste relato visa destacar o potencial do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) 1 na superação de paradigmas e preconceitos. Propõe que o programa pode desenvolver um modelo formador em saúde mais realista, que vincula os sujeitos uns aos outros e ao objetivo comum de melhorar as condições de vida das pessoas, independentemente do gênero ou outras questões. Sob o olhar da pessoa transexual, dos professores e preceptores, é desenvolvida uma reflexão das potencialidades do programa para a inclusão e apoio às diferenças. Conclui-se que a questão de gênero foi um disparador para a reflexão e alerta para mudanças necessárias nas políticas e ações das universidades. Os envolvidos puderam refletir a própria realidade, a fim de avançar para a construção de uma sociedade mais justa e amorosa. Reconhece-se, portanto, que modelos formadores inovadores, como o programa PET-Saúde, têm potencialidades para formação de novos arranjos de respeitabilidade e enfrentamento das diferenças.Palavras-chave: pessoas transgênero; autonomia pessoal; individualidade.