2000
DOI: 10.1590/s1516-44462000000300005
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Comportamento violento e disfunção cerebral: estudo de homicidas no Rio de Janeiro

Abstract: Objetivos: Estudar a correlação entre disfunção cerebral e psicopatia em homicidas. Métodos: Foram separados em dois grupos (psicopatas e não-psicopatas) 29 homicidas "normais" (não-psicóticos), detidos em uma delegacia policial e escolhidos aleatoriamente, com base no HARE PCL-R (escala de avaliação de psicopatia). Ambos os grupos foram submetidos a testagem neuropsicológica, sendo empregados testes voltados para atividade em lobo frontal (Trail Making Test A e B, e subtestes do WAIS [Mosaico, Semelhanças e S… Show more

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“…Nesses termos, a avaliação de fatores de risco para o comportamento criminal tem sido objeto de diversos estudos no mundo todo, construindo um vasto e consistente corpo teórico e identificando construtos, como a agressividade (Tóth, Halász, Mikics, Barsy, & Halle, 2008;Hershcovis et al, 2007), a psicopatia (Penney & Moretti, 2007) e os traços de personalidade desviantes: impulsividade, neuroticismo e busca de sensações (Miller, Lynam, & Leukefeld, 2003;Sobral, Romero, Luengo, & Marzoa, 2000). Não obstante, no Brasil, em específico, poucos são os estudos que buscaram identificar ou compor um perfil dos fatores de risco presentes na população carcerária (Schmitt, Pinto, Gomes, Quevedo, & Stein, 2006;Jozef, Silva, Greenhalgh, Leite, & Ferreira, 2000;Armani & Cruz-Silva, 2010;Vargas, Hoffmeister, Prates, & Vasconcellos, 2015). Como um possível resultante dessa carência teórica, pode-se apontar a proliferação do emprego de instrumentos de avaliação psicológica, que reúnem poucas evidências empíricas, no âmbito da prática em psicologia forense (Silva & Fontana, 2011;Lago & Bandeira, 2008).…”
Section: Introductionunclassified
“…Nesses termos, a avaliação de fatores de risco para o comportamento criminal tem sido objeto de diversos estudos no mundo todo, construindo um vasto e consistente corpo teórico e identificando construtos, como a agressividade (Tóth, Halász, Mikics, Barsy, & Halle, 2008;Hershcovis et al, 2007), a psicopatia (Penney & Moretti, 2007) e os traços de personalidade desviantes: impulsividade, neuroticismo e busca de sensações (Miller, Lynam, & Leukefeld, 2003;Sobral, Romero, Luengo, & Marzoa, 2000). Não obstante, no Brasil, em específico, poucos são os estudos que buscaram identificar ou compor um perfil dos fatores de risco presentes na população carcerária (Schmitt, Pinto, Gomes, Quevedo, & Stein, 2006;Jozef, Silva, Greenhalgh, Leite, & Ferreira, 2000;Armani & Cruz-Silva, 2010;Vargas, Hoffmeister, Prates, & Vasconcellos, 2015). Como um possível resultante dessa carência teórica, pode-se apontar a proliferação do emprego de instrumentos de avaliação psicológica, que reúnem poucas evidências empíricas, no âmbito da prática em psicologia forense (Silva & Fontana, 2011;Lago & Bandeira, 2008).…”
Section: Introductionunclassified
“…Ainda, Jozef, Silva, Greenhalgh, Leite e Ferreira (2000) realizaram estudo sobre disfunção cerebral e psicopatia (transtorno de personalidade antisocial) em homicidas. Apontaram evidências de correlação entre disfunção frontal e comportamento homicida, principalmente nos indivíduos que tinham tendência a cometer homicídios instrumentais, ou seja, aqueles que ocorriam no âmbito de uma criminalidade mais ampla, com menor fator emocional envolvido.…”
Section: Mos Desse Período (Centro Latino-americano De Estudos De Viounclassified
“…Assim, constatou-se que os indivíduos que cometeram homicídio qualificado (G1) apresentam pior desempenho no Teste Wisconsin de Classificação de Cartas e o no Teste Stroop, evidenciando uma deficiência na flexibilidade cognitiva e, conseqüentemente, um possível indicativo de disfunção pré-frontal (o que necessitaria de maiores investigações), como foi encontrado em estudos com homicidas por Blake et al (1995), Jozef et al (2000), Raine et al (1997), e Sreenivasan et al (1997).…”
Section: Procedimentosunclassified
“…Assim como coloca Josef et al (2000), o homicídio é um crime extremamente violento e que desestrutura a sociedade, proporcionando estado de alerta e medo nas pessoas. Da mesma forma, ocorre com a psicopatia, porém de uma maneira mais "ocultada", pois essas pessoas agem de forma cautelosa e, normalmente, resguardada.…”
Section: Introductionunclassified