Lisina digestível para suínos machos castrados de alta deposição de carne submetidos a estresse por calor dos 30 aos 60 kg

Abstract

RESUMO -Este estudo foi realizado para avaliar níveis de lisina digestível para suínos dos 30 aos 60 kg mantidos sob estresse por calor. Utilizaram-se 70 suínos machos castrados mantidos em ambiente a 30ºC e outros 70 em ambiente a 34ºC, distribuídos em delineamento de blocos ao acaso, com cinco tratamentos (0,83; 0,93; 1,03; 1,13 e 1,23% de lisina digestível), sete repetições e dois animais por unidade experimental. O ganho de peso diário dos animais mantidos a 30ºC aumentou até o nível de 1,04% de lisina digestível, mas a 34ºC não variou. O consumo de ração diário dos animais a 30 e a 34ºC não variou com os níveis de lisina. O consumo de lisina diário dos animais, em ambos os ambientes, aumentou de acordo com o nível de lisina da ração. A 30ºC, a conversão alimentar melhorou até o nível de 1,07% de lisina, enquanto a 34ºC não variou entre os níveis de lisina. Independentemente da temperatura, a eficiência de utilização de lisina reduziu conforme aumentaram os níveis de lisina e foi 4,4% pior no ambiente com temperatura mais elevada. A deposição de proteína na carcaça dos animais no ambiente a 30ºC aumentou até o nível de 1,05% de lisina, mas não variou no ambiente a 34ºC. A 30ºC, a deposição de gordura reduziu até o nível de 1,08% de lisina, enquanto a 34ºC, aumentou até o nível de 1,08% e foi, em média, 25,6% menor que a 30ºC.Os níveis de triiodotironina e tiroxina foram 35 e 30%, respectivamente, menores nos animais mantidos em ambiente a 34ºC, em que a frequência respiratória e temperatura retal também foram mais altas que as observadas nos animais mantidos a 30ºC.Os níveis de 1,04 e 0,83% de lisina digestível proporcionam maior ganho de peso e deposição de proteína em suínos mantidos, respectivamente, em ambientes a 30 e 34ºC.Palavras-chave: ambiente, aminoácido, desempenho, hormônios da tireóide, temperatura Digestible lysine levels for high lean deposition barrows from 30 to 60 kg kept under heat stress ABSTRACT -This study was conducted to evaluate levels of digestible lysine for pigs at 30 to 60 kg kept under heat stress. It was used 70 castrated animals kept in environment at 30ºC and others 70 kept at 34ºC, distributed in a randomized block design, with five treatments (0.83, 0.93, 1.03, 1.13 and 1.23% digestible lysine), and seven repetitions with two animals per experimental unit. The daily weight gain of the animals kept at 30ºC increased up to 1.04% of digestible lysine, whereas it did not change at 34ºC. Feed daily intake of animals at 30ºC and 34ºC did not change with levels of lysine. Daily lysine intake of animals, in both environments, increased according to the level of lysine in the diet. At 30ºC, feed conversion improved up to the level of 1.07% lysine, whereas at 34ºC, it did not vary among lysine levels. Regardless of the temperature, use efficiency of lysine decreased as levels of lysine increased and it was 4.4% worse in the environment with higher temperature. Protein deposition in carcass in the 30ºC environment increased up to the level of 1.05% lysine, but it did not change at 34º...

Lisina digestível para suínos machos castrados submetidos a estresse por calor dos 95 aos 115 kg

“…Este melhor ganho de peso foi possível devido a estes animais apresentarem redução percentual do intestino delgado, o que possibilitou aumentar o peso da carcaça e o rendimento de carcaça mesmo que o peso final dos animais não tenha sido afetado. Dados similares foram obtidos por Batista et al (2011), estudando o aumento dos níveis de lisina digestível para suínos em crescimento mantidos em ambientes de estresse por calor, os quais determinaram 1,05% de lisina digestível. De acordo com Souza et al (2011), o maior ganho de peso possivelmente se dá pela máxima expressão gênica para esta característica, (SOUZA et al, 2011).…”

“…Com o objetivo de aumentar a percentagem de carne na carcaça e reduzir a deposição de gordura, houve intenso melhoramento genético dos suínos nos últimos anos (BATISTA et al, 2011). Entretanto, este aumento no percentual de massa muscular pode fazer com que os suínos se tornem mais susceptíveis à elevação da temperatura quando alojados acima da zona de conforto.…”

Application of a precision nutrition tool for growing and finishing pigs

“…The variation in feed intake can be attributed to the different environmental conditions between the experimental phases I and II. High environmental temperatures reduce voluntary feed intake in pigs during heat stress (Quiniou et al, 2001;Huynh et al, 2005;Kiefer et al, 2010;Batista et al, 2011) because the intake mechanisms are regulated for the short and long-term processes, which influence the partition of energy between maintenance and deposition (Hauschild et al, 2010;Batista et al, 2011;Hauschild et al, 2012;Rossi et al, 2013;Warpechowski et al, 2014). The InraPorc ® deterministic model characterizes the pig in thermal comfort, in heat stress, or under other factors that influence the voluntary feed intake (Van Milgen et al, 2008;Hauschild et al, 2012;Rossi et al, 2013), but does not consider environmental effects directly.…”

Estimation of Respiratory Frequency and Rectal Temperature on Pigs in Heat Stress by Fuzzy Logic

“…The established temperatures were based by Renaudeau et al (2011) which determined the temperature at 24º C as the critical point temperature in pigs' growth and finishing phases, considering the thermoneutral zone proposed by Perdomo (1994), for pigs at this stage between 18 and 23ºC. Temperatures at 22 and 34ºC were also evaluated by Manno et al (2006) and Batista et al (2011), respectively. The experiment had two experimental periods, with the purpose of characterizing two types of stress: acute stress (short period of time) and chronic stress (long period of time) by heat.…”