RESUMO Este artigo, que apresenta as vivências de adultos submetidos ao transplante de medula óssea autólogo, resulta de uma investigação qualitativa, do tipo estudo de caso, envolvendo sete pessoas com idades entre 18 e 59 anos, residentes em um município do Interior de Minas Gerais, que vivenciaram este tipo de transplante e tiveram alta no período de outubro de 2004 a setembro de 2010. Os dados empíricos foram coletados por meio de entrevista semiestruturada, em visitas domiciliares. Na análise do conteúdo evidenciou-se que as respostas ao processo de transplante iniciam-se e vão se modificando desde o diagnóstico da patologia, passando pela definição e vivência do procedimento até o momento da alta. Identificou-se que a vivência dos sujeitos passa pelo desequilíbrio das rotinas da vida, pelo isolamento social e por reações que variam desde o medo e a ansiedade até a felicidade. Esta advém no momento da alta, que chega a ser considerada como uma segunda data de aniversário. Concluiu-se que o cuidado de enfermagem influencia e promove impactos na recuperação do paciente desde o diagnóstico até a alta, sendo relevante que o plano de cuidados para a alta se inicie desde a admissão do paciente para o transplante.