2012
DOI: 10.1590/s1516-14982012000200009
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A linguagem das resistências: considerações sobre o trauma na clínica psicanalítica

Abstract: Pretende-se discutir a insistência da dimensão traumática na clínica psicanalítica contemporânea à luz do tema da linguagem. Isso porque as narrativas decorrentes de um choque traumático mostram-se predominantemente marcadas pela literalidade, constituídas por palavras intensas e apartadas das cadeias de representações. Trata-se de um recurso distinto da construção metafórica, que caracterizava os relatos nas neuroses clássicas, modalidades de padecimento psíquico que preconizaram a técnica interpretativa à ép… Show more

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“…No traumático, a literalidade é privilegiada em relação às construções como metáfora, palavras carregadas de afeto que inviabilizam o discurso e consequentemente o dispositivo clássico da psicanálise, a interpretação. Portanto, o lugar do analista, segundo uma leitura dos pesquisadores, precisa ser revisto, dando mais espaço para a ligação perdida por conta da cisão do sujeito, adotando uma postura de confiança que falta no indivíduo, sem se preocupar em interpretações analíticas que possam contribuir com o apagamento das diferenças entre línguas, antes, buscar uma complementaridade (Canavêz & Herzog, 2012).…”
Section: Subjetividades Mais Permeáveis Ao Traumaunclassified
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“…No traumático, a literalidade é privilegiada em relação às construções como metáfora, palavras carregadas de afeto que inviabilizam o discurso e consequentemente o dispositivo clássico da psicanálise, a interpretação. Portanto, o lugar do analista, segundo uma leitura dos pesquisadores, precisa ser revisto, dando mais espaço para a ligação perdida por conta da cisão do sujeito, adotando uma postura de confiança que falta no indivíduo, sem se preocupar em interpretações analíticas que possam contribuir com o apagamento das diferenças entre línguas, antes, buscar uma complementaridade (Canavêz & Herzog, 2012).…”
Section: Subjetividades Mais Permeáveis Ao Traumaunclassified
“…O autor Sagna (2015) demonstra a complexidade em definir com exatidão o conceito de trauma entre os exemplos acima descritos, uma vez que não podemos confundir trauma e neurose traumática, bem como é incerta a causa do trauma por acontecimentos externos ou pelo estado do sujeito que o enfrenta. Vale ainda ressaltar que os tipos de paciente que buscavam a psicanálise extrapolaram aquele das histerias, por ocasião do qual Freud estruturara seu método (Canavêz & Herzog, 2012).…”
Section: Introductionunclassified