2006
DOI: 10.1590/s1516-14982006000200008
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Psicanálise e ciência

Abstract: Apresentam-se as razões pelas quais tanto o pensamento científico quanto o pensamento psicanalítico recusam o realismo em todos os seus matizes para pensar o que estrutura uma experiência. Desta análise, extrai-se como conseqüência a irredutibilidade de qualquer tratamento do sujeito por meio de um processo de objetivação, demarcando assim o campo de atuação próprio aos problemas pensados e tratados pela psicanálise. Tira-se também como conseqüência que esta irredutibilidade da psicanálise a uma objetivação nã… Show more

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“…As tentativas de responder às críticas de que a psicanálise não é uma ciência, pela via epistemológica de demonstrar que ela o é, ecoariam, na verdade, o "caráter meramente endossador de que goza a palavra 'ciência' em nossa cultura", e portanto "não faz sentido defender a cientificidade da psicanálise, nem denegri-la por sua suposta acientificidade" (Iannini, 2007, p.70). Calazans (2006) chama a atenção de que, se a psicanálise não é uma ciência, tampouco existiria sem ela. A psicanálise é irredutível à objetivação típica da ciência, o que não a coloca em oposição a esta, mas sim como um resto seu.…”
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“…As tentativas de responder às críticas de que a psicanálise não é uma ciência, pela via epistemológica de demonstrar que ela o é, ecoariam, na verdade, o "caráter meramente endossador de que goza a palavra 'ciência' em nossa cultura", e portanto "não faz sentido defender a cientificidade da psicanálise, nem denegri-la por sua suposta acientificidade" (Iannini, 2007, p.70). Calazans (2006) chama a atenção de que, se a psicanálise não é uma ciência, tampouco existiria sem ela. A psicanálise é irredutível à objetivação típica da ciência, o que não a coloca em oposição a esta, mas sim como um resto seu.…”
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“…Para um psicanalista, um tratamento, no consultório ou na instituição, com usuários ou não de substâncias psicoativas, só se torna possível se for na contramão de um projeto identificatório, da criação de uma saída geral, homogênea para um sujeito (Calazans, 2008 A direção da escuta analítica, assim, é tomar a "toxicomania" enquanto um significante que, para cada sujeito, circunscreverá um modo de gozo, dirá de um modo de se relacionar com o objeto. Isto não significa que o psicanalista trabalha contra a proposta de saúde; mas sim que a abstinência, a redução de danos, a reinserção social só pode se articular enquanto finalidade, desde que se torne uma construção própria daquele sujeito e não um ideal previamente estabelecido.…”
Section: -O Psicanalista Dirige O Tratamentounclassified
“…Espera-se que ali, onde se demanda um Outro total ou um produtor de "façanhas", que ele falte, ou ainda, que ele ocupe um lugar de causa de desejo. O analista deve devolver, pautado num discurso às avessas, o vazio estrutural que o discurso do mestre tenta encobrir, convocando-o ao trabalho (Calazans, 2008). Um trabalho de querer saber algo sobre o seu desejo -"o que se espera de um psicanalista é, como disse da última vez, que faça funcionar seu saber em termos de verdade.…”
Section: Multidisciplinar São Lógicas Diferentes Que Podem Dialogaunclassified
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