RESUMO:Desde o início da civilização humana as plantas medicinais, eram utilizadas tanto na farmacopéia quanto na medicina alternativa caseira. O presente trabalho teve como objetivo realizar o resgate do conhecimento popular sobre o uso das plantas medicinais e analisar as condições individuais que influenciam no uso da medicina alternativa por um grupo da terceira idade, pacientes da Clínica Vitalidade do Centro Universitário São Lucas. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada através da aplicação de questionários semiestruturados, aos que possuíam conhecimento e/ou utilizavam plantas medicinais. Foram aplicados 51 questionários. Destes, 51% pertencem ao sexo feminino e 49% ao sexo masculino. Em relação a idade dos participantes, a maioria, 52,9% encontram-se na faixa etária entre 60 a 65 anos. De acordo com a escolaridade notou-se que 56,9% cursaram o ensino fundamental completo e somente 5,9% cursaram o ensino superior. Os dados demonstraram que 68,6% do conhecimento obtido foram repassados de geração para geração, ou seja, resultante de tradição familiar. Em relação ao uso de plantas utilizadas para fins medicinais constatou-se um total de 81 espécies, distribuídas em 47 famílias botânicas, sendo as mais representativas: Lamiaceae, Rutaceae, Asteraceae. Folhas foram à principal parte da planta utilizada com 76% das citações. O modo de preparo mais referenciado foi o uso de chás, indicados principalmente como calmantes. Quanto ao conhecimento sobre os efeitos colaterais, apenas 11,34% dos entrevistados conhecem esses efeitos, porém 100% dos entrevistados relatam que nunca tiveram problemas depois de utilizar alguma planta. A pesquisa mostrou a importância do uso de plantas medicinais e a necessidade de manter viva a tradição do uso do conhecimento popular de plantas medicinais.
PALAVRAS-CHAVE:Idosos. Indicações terapêuticas. Chás medicinais.