Atividade hepatoprotetora dos extratos etanólico e hexânico das folhas de Momordica charantia

Abstract

RESUMO:Momordica charantia L. (Cucurbitaceae) é empregada na medicina popular pelas diversas propriedades biológicas e farmacológicas. Neste trabalho, objetivou-se avaliar a atividade hepatoprotetora dos extratos hexânico (EH) e etanólico (EE) das folhas de M. charantia no modelo de lesão hepática aguda induzida pelo etanol. Em ambos os extratos foram detectados esteróides; EH apresentou atividade antioxidante mais marcante que EE. O pré-tratamento de camundongos (Swiss, machos) por via oral por três dias consecutivos com 25, 50 ou 100 mg Kg -1 de EH preveniu o aumento tanto de AST quanto de ALT (p<0,05) enquanto o pré-tratamento com EE preveniu apenas o aumento de ALT (p<0,05). Ambos os extratos reduziram a atividade das enzimas hepáticas, contudo EH apresentou efeito mais relevante, caracterizando potencial hepatoprotetor, possivelmente associado ao seu potencial antioxidante. Palavras-chave:Momordica charantia, Cucurbitaceae, biomarcadores, atividade hepática, etanol ABSTRACT: Hepatoprotective activity of hexane and ethanol extracts from Momordica charantia L. leaves. Momordica charantia L. (Cucurbitaceae) has been used in folk medicine based on its several biological and pharmacological properties. The aim of this work was to evaluate the hepatoprotective activity of hexane (HE) and ethanol (EE) extracts from M. charantia leaves on the acute liver injury model induced by ethanol. Steroids were detected in both extracts, and EH had higher antioxidant activity than EE. Oral pretreatment of male Swiss mice for three consecutive days with 25, 50 or 100 mg kg -1 HE prevented the increase in AST and ALT (p<0.05), whereas pretreatment with EE only prevented ALT increase (p<0.05). Both extracts reduced the activity of hepatic enzymes; however, HE had a more relevant effect, characterizing hepatoprotective potential, likely associated with its antioxidant potential.

Potencial Hepatoprotetor Das Plantas Medicinais Da Renisus: Revisão Sistemática

“…Do total de artigos de interesse selecionados, um trabalho foi publicado no ano de 2010; dois, em 2011; sete, em 2012; três estudos foram realizados em 2013. Dos 13 estudos, uma pesquisa foi desenvolvida por pesquisadores brasileiros: Pereira et al 12 .…”

“…Os estudos mencionados foram realizados in vitro, envolvendo linhagens celulares, ou in vivo, em animais. Dentre as 13 publicações, 12 pesquisas estão descritas no idioma inglês, e um trabalho está publicado em português 12 . Curcuma longa (açafrão) foi a planta com a maior concentração de estudos de interesse, tendo sido encontradas cinco publicações: Tu et al 13 , Banerjee et al 14 , Chang et al 15 , Hung et al 16 e El-Amir e Hassanein 17 .…”

“…Momordica charantia (melão-de-são-caetano) aparece em seguida, com três artigos científicos referindo algum nível de atividade hepatoprotetora a partir de sua análise, conforme estudos publicados por Meng et al 18 , Pereira et al 12 e Fang et al 19 .…”

Prospecting Phytochemical and Biological Evaluation of Leaves and Stem of Melothria fluminensis Gardner (Cucurbitaceae)

“…A atividade antioxidante apresentada por essas espécies pode estar relacionada com a presença de metabólitos como os flavonoides. 39,40 Já para a espécie em estudo, a M. fluminensis, não há registros literários sobre a composição fitoquímica, 41 nem em relação ao seu potencial biológico e antioxiante, somente a aplicação do fruto para efeito purgativo. 41 Em nossos estudos, para a avaliação do potencial antioxidante, com as folhas da M. fluminensis, as porcentagens de redução inicial do radical livre DPPH pela amostra do EBES/F e suas frações Hx, DCM, AcOET e Hid (Figura 3) evidenciaram que a fração AcOET se destacou com porcentagens de inibição superiores às demais frações.…”

“…Quando comparados os resultados de IC50 frente à inibição do DPPH com extratos e frações das folhas e caule da M. fluminensis, com os resultados de IC50 apresentado pelo extrato hexânico das folhas da Momordica charantia, os valores de inibição para a M. fluminensis são mais satisfatórios (Tabela 4), uma vez que o extrato hexânico da M. charantia só evidenciou inibição com concentrações maiores (2000, 5000 e 10000 mg/L). 40 A resposta para o potencial antioxidante apresentado pelas espécies em questão é a presença de compostos fenólicos em sua composição química. No caso da M. maderaspatana 42 e da M. fluminensis, a triagem fitoquímica evidenciou a presença de flavonoides, que são compostos fenólicos que possuem grande potencial antioxidante.…”