Globalização e mudanças na configuração espacial: da economia mundial: uma visão panorâmica das últimas décadas

Abstract

Este artigo faz um exame dos macrocenários mundiais nas últimas décadas, apontando os principais problemas atuais, os riscos, desafios e oportunidades com que se defrontará o mundo ao longo dos próximos anos. O trabalho mostra que nas últimas décadas aumentou significativamente a distância entre os países ricos e pobres, mas o desempenho da economia mundial, do ponto de vista geográfico, ocorreu de forma extremamente desigual. Enquanto o Sul e o Leste da Ásia apresentaram desempenho extraordinariamente dinâmico, a maioria das demais regiões do mundo em desenvolvimento, e de modo particular a África Subsaariana, os países ex-comunistas da Europa e a América latina exibiram taxas medíocres ou mesmo negativas de crescimento de seus PIBs per capita. Com esse padrão de evolução, a economia mundial estaria passando por grandes mudanças na configuração espacial da produção, alterando o equilíbrio das forças econômicas globais e criando uma nova geografia do poder. Um contraponto com o Brasil é apresentado ao final do artigo.

O Brasil rumo a 2030? Percepções de especialistas brasileiros(as) em saúde sobre o potencial de o País cumprir os ODS Brazil heading to 2030

“…Despite the global dimension and ambition, the political strategy for the implementation of SDGs has a national emphasis as the government of each country determines priorities, structures of governance, monitoring of results, and forms of finance. This happens in a scenario in which an important part of SDGs -if not all -demand, at the very least, dialogue with large transnational corporations (as in the very recent case when Brazilian trade unionists went to the headquarters of Ford in the United States to try to prevent the closure of a factory in the ABC Paulista and received no support from the Brazilian government nor was their venture successful 3 ), with the multilateral organizations which organize the economy and the global market, 4 and with the geopolitical blocs which nations construct 5 .…”

Relationship between globalization and the forest area footprint: an ardl approach for Brazil

“…Since the 19th century, globalization has presented a growing volume of international flow in the economic, political, and social spheres, which presents opportunities and challenges [13]. Associated with the neoliberal model, which is characterized by liberalization and privatization, the globalization process has caused profound structural changes in the geopolitical context [14].…”

“…Beginning in the 1990s, the world observed marked spatial trends, shifting economic forces, and creating new geographies of power. In particular, Asian countries and their strategies for exporting products with high technological complexity and, above all, with "incorporation in their production processes of increasing levels of human capital and knowledge of advanced technologies" [13]. In general, its driving force is technological and ideological [16], so it can be said that globalization is a milestone for the world economy in which, on the one hand, it places leading countries at the epicentre of international relations economic gains through trade liberalization, and on the other hand, generates strong dependence and structural external vulnerability in developing countries [14].…”

“…Forest areas play an important role in the maintenance and balance of ecosystems [11], so the inappropriate exploitation of forestlands can cause irreversible damage to the planet. From this perspective, Brazilamong eight countries that comprise the largest tropical forest in the world, the Amazonmust make a double contribution to the global balance: i) stop illegal deforestation activities and ii) conserve and restore its conservation unit forestry from more incisive with policies of regulatory, normative, and informative aspects, as well as the adoption of sustainable technologies [13]. Such measures could result in a significant reduction in CO2 emissions emitted by the country and in the advancement of the economic-social-environmental dimensions towards sustainable development.…”

Globalização e seus impactos na vulnerabilidade e flexibilização das relações do trabalho em saúde

“…O termo globalização foi incorporado à linguagem comum como um indicativo de grandes possibilidades para o desenvolvimento da humanidade, tendo em vista as transformações sociais e econômicas ocorridas no processo produtivo desde os anos 60 (fluxo de comunicação, internacionalização das relações de produção, novas tecnologias etc.). Esta percepção sobre a globalização estabelece um panorama unilateral, e de certa forma idealizado, acerca das possibilidades de acesso aos diversos recursos existentes: naturais, financeiros, informacionais, relacionais, entre outros (Galvão, 2008). Este significado dado ao termo globalização objetiva apresentar o fenômeno como sendo "(...) a superação da velha compartimentação nacional por uma atuação mais livre dos indivíduos no mercado" (Chesnais, 1996, p. 34).…”