2007
DOI: 10.1590/s1415-65552007000300007
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Paradoxos do trabalho prisional na era do capitalismo flexível: o caso do DETRAN-RS

Abstract: O artigo faz uma análise comparativa entre o significado do trabalho prisional e o significado do trabalho realizado por homens livres. Para tanto, traz a experiência do DETRAN-RS na aplicação de ferramentas gerenciais ao trabalho de sentenciados oriundos dos regimes aberto e semi-aberto, uma iniciativa pioneira no Estado. Tal experiência buscou aproximar a realidade laboral dos apenados da realidade dos demais trabalhadores da instituição. Foi realizada uma pesquisa-ação e uma revisão da literatura crítica so… Show more

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“…Porém, tanto o trabalho que Pedro desenvolve quanto os outros trabalhos não preparam os internos para viver em liberdade, na medida em que não são conhecimentos que possibilitem a fácil obtenção de emprego fora da cadeia. A utilização de mão de obra prisional ainda é vista, de certa maneira, como um tabu na sociedade brasileira, sendo que as experiências verificadas são esparsas e restringem-se a trabalhos de unidades de produção em prisões, geralmente em serviços de baixa qualificação 16 .…”
Section: Resultsunclassified
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“…Porém, tanto o trabalho que Pedro desenvolve quanto os outros trabalhos não preparam os internos para viver em liberdade, na medida em que não são conhecimentos que possibilitem a fácil obtenção de emprego fora da cadeia. A utilização de mão de obra prisional ainda é vista, de certa maneira, como um tabu na sociedade brasileira, sendo que as experiências verificadas são esparsas e restringem-se a trabalhos de unidades de produção em prisões, geralmente em serviços de baixa qualificação 16 .…”
Section: Resultsunclassified
“…No entanto, a forma como ele está organizado dá-lhe apenas a finalidade de enquadramento social dentro do contexto penitenciário com o intuito de manter a ordem. Desta maneira, quebrar paradigmas referentes ao trabalho prisional é um desafio posto para a sociedade brasileira na busca da ressocialização do preso e da diminuição das elevadas taxas de reincidência que são parte da realidade prisional 16 .…”
unclassified
“…Vale salientar que, principalmente em relação ao entendimento da socioeducação como dispositivo de poder disciplinar que organiza a vida em sociedade e produz o sujeito delinquente, os estudos organizacionais brasileiros ainda têm muito que desenvolver-se, pois apresenta carência de estudos e lacunas apontadas por: necessidade de se (re)pensar o prisional e oportunizar aos internos uma convivência penal que os desprenda do crime (Costa & Bratkowski, 2007); reconhecimento dos apenados como donos de uma história singular e não meramente como criminosos (Lemos, Mazzilli & Klering, 1998); violação dos direitos e funcionamento dos espaços socioeducativos de internação como mini-presídio e depósito dos socialmente marginalizados (Monte & Sampaio, 2012); atuação ineficiente de prevenção, controle e contenção dos episódios de criminalidade e violência no Brasil (Cruz & Batitucci, 2007). Além disso, há ainda poucos trabalhos sobre o foco no desviante e formas de controle estabelecidas (Barros, 2005) e sobre aspectos disciplinares e punitivos (Almeida & Mansano, 2012).…”
Section: Introductionunclassified
“…humano, em que aspectos como as motivações e as necessidades individuais, assim como as relações de grupo, passaram a ser consideradasBRATKOWSKI, 2007).Do mesmo modo, o surgimento de novas teorias organizacionais no final do século XX, em função do advento da globalização e do capitalismo flexível, impuseram novas relações de trabalho. As empresas passaram de mecanicistas a orgânicas, num movimento que trouxe à tona o caráter de codependência entre indivíduos e organizações.…”
unclassified
“…As empresas passaram de mecanicistas a orgânicas, num movimento que trouxe à tona o caráter de codependência entre indivíduos e organizações. Esses movimentos se caracterizaram pela ênfase na descentralização do controle e na autonomia dos indivíduos, no treinamento de lideranças, na valorização da atuação multifuncional e no estímulo à criatividade e à inovaçãoBRATKOWSKI, 2007).De todo modo, a questão fundamental que permanece em relação ao modelo de heterogestão diz respeito à sua finalidade última que é obter, independentemente das novas fórmulas de sua aplicação, o máximo da eficiência do trabalho, em prol dos interesses econômicos do capital(SINGER, 2002).3.3.1 Síntese das características e dimensões da HeterogestãoCom base nas reflexões teóricas do tópico anterior, a partir das contribuições cunhadas de Fayol, Taylor e Weber, dentre outros, elaborou-se uma síntese dos pressupostos, características, dimensões de análise e indicadores da prática da heterogestão em organizações do tipo capitalista, com a finalidade de identificar e interpretar as possíveis diferenças entre este modelo de gestão e o modelo autogestionário, proposto pela teoria da economia solidária como modelo ideal a ser praticado em empreendimentos econômicos solidários.Considerando os princípios fundamentais da administração científica e da teoria clássica da administração, elencam-se instâncias da prática da heterogestão com suas respectivas características e referências, dimensões de análise e indicadores, com a finalidade de identificar o modo de aplicação da heterogestão. A seguir, identificou-se e conceituou-se cada um desses elementos.…”
unclassified