Espessura do processo alveolar da região anterior da maxila e mandíbula em pacientes com discrepância óssea ântero-posterior

Abstract

O presente estudo teve como objetivo avaliar a espessura do processo alveolar da região anterior da maxila e mandíbula em pacientes portadores de discrepâncias ântero-posteriores. Após a seleção de telerradiografias laterais de cinqüenta e dois pacientes entre idades de sete e 13 anos, mediu-se a espessura do processo alveolar da região anterior da maxila e mandíbula. Todos os pacientes apresentavam o ângulo do plano mandibular entre vinte e trinta graus e discrepância óssea ântero-posterior entre maxila e mandíbula. Após a análise estatística (teste qui-quadrado) observou-se que não houve dependência entre a espessura do processo alveolar da maxila e mandíbula e a idade do paciente. Todavia houve dependência entre o tipo de má oclusão e a espessura de osso vestibular na região anterior da maxila. Os pacientes portadores de má oclusão de Classe III apresentaram maior porcentagem de redução de osso vestibular da região anterior da maxila quando comparados aos pacientes Classe II. Os pacientes com tendência ao crescimento vertical apresentaram a dimensão reduzida de osso lingual da maxila e osso vestibular da mandíbula. ResumoPalavras-chave: Espessura do processo alveolar. Má oclusão. Tipo facial. Perda iatrogênica. A R T I G O I N É D I T O INTRODUÇÃOO delineamento dos limites do tratamento ortodôntico é fator importante a ser considerado, principalmente em casos ortodônticos-cirúrgicos limítrofes. Este delineamento realizado antes do tratamento seria extremamente benéfico. O planejamento do tratamento ortodôntico poderia ser bem valorizado, especialmente em situações nas quais a discrepância esquelética é severa ou onde um ou ambos os arcos podem acomodar somente reposicionamento limitado do dente. As tábuas corticais vestibulares e linguais ao nível do ápice dos incisivos podem representar os limites anatô-micos da movimentação dentária 5 .

Tomographic Evaluation of the Lower Incisor’s Bone Limits in Mandibular Symphysis of Orthodontically Untreated Adults

“…These findings can be attributed to continuous growth of alveolar bone and late growth of the mandible, which promotes incisor retroinclination. In contrast, Garcia et al [27], after analyzing a sample of lateral cephalometric radiographs, found no relationship between the thickness of the alveolar process in the anterior mandible and patient age.…”

“…Several studies [3, 27–29] show that Class III skeletal patients have thinner bones; however, according to Chung et al [28], other factors associated with a skeletal Class III relationship, such as the vertical relationship between the anterior teeth, may influence bone thickness in the lower incisors.…”

Influence of anatomical barriers on maxillary incisor root resorption after orthodontic treatment with premolar extractions

“…Patients who have a tendency toward vertical growth present reduced dimension of the lingual bone of the maxilla and buccal bone of the mandible. 3 Therefore, the aim of this study was to investigate whether patients with excessively vertical growth indeed have greater proximity of the cortical alveolar bones to the roots of maxillary incisors, in comparison with patients with horizontal growth, and whether there is correlation between this proximity and the rate of root resorption of these teeth.…”

Relação entre o movimento ortodôntico vestibular dos incisivos inferiores e características do osso alveolar vestibular e lingual: avaliação por meio da tomografia computadorizada cone-beam

“…Assim, a manifestação das distancias biológicas (INGBER, 1976) do periodonto marginal é requisito fundamental para a expressão de saúde (PASSANEZI et al, 2010). A anatomia do osso alveolar difere-se de paciente para paciente, com importantes implicações clínicas (GARCIA et al, 2005). A altura e espessura das corticais vestibulares e linguais são afetadas pelo alinhamento dos dentes, angulação das raízes nos ossos e pelas forças oclusais (EDWARDS, 1976;MARTINS et al, 2002;MASUMOTO et al, 2001).…”

“…Swasty et al (SWASTY et al, 2009) verificaram que a cortical óssea alveolar mandibular para sujeitos de 10 a 19 anos é menor que sujeitos com idades mais avançadas e a espessura aumenta com a idade até os 49 anos e a partir deste período começa a diminuir. Não há evidência na literatura de relação de dependência entre a idade cronológica e espessura total do processo alveolar para pacientes entre 7 e 13 anos (GARCIA et al, 2005) Em 2007, Yamada et al (YAMADA et al, 2007 -BERLANGA et al, 2013). Existe também correlação significativa entre a inclinação dos incisivos inferiores com a morfologia do osso alveolar para as más oclusões iniciais leves a moderadas (YU et al, 2009).…”