2010
DOI: 10.1590/s1415-47142010000300006
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A arte de morar... na Lua: a construção de um novo espaço de morar frente à mudança do dispositivo asilar para o Serviço Residencial Terapêutico

Abstract: Em instituições que funcionam sob a lógica da desinstitucionalização existe um número significativo de pacientes que permanecem nos hospitais psiquiátricos. A implantação dos Serviços Residenciais Terapêuticos tornou-se uma das principais estratégias da reforma psiquiátrica. A partir do estudo de um caso clínico e os enfrentamentos encontrados neste trabalho, no que tange a passagem da internação ao SRT, aponto para a necessidade de uma escuta clínica que propicie a invenção de um espaço subjetivo que permitir… Show more

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“…Na transição do hospital para as novas moradias, compararam a vida dos moradores antes e depois da saída do hospital (RESGALLA et al, 2004;SZTAJNBERG;CAVALCANTI, 2010;FRANCO;STRALEN, 2015), enfatizando a experiência de autonomia e satisfação, mesmo quando exercidas nos limites da residência, com pouca interação e inserção comunitária, desconsiderando desafios e limitações advindos das soluções materializadas nos SRT. O cotidiano dos moradores foi analisado, por parte dos autores, de forma abrangente (KANTORSKI et al, 2014;LIMA;BRASIL, 2014), considerandose perspectivas como a relação com o território, os conflitos entre os pares e as dificuldades provenientes dos anos de institucionalização.…”
Section: Temáticas De Análises Privilegiadasunclassified
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“…Na transição do hospital para as novas moradias, compararam a vida dos moradores antes e depois da saída do hospital (RESGALLA et al, 2004;SZTAJNBERG;CAVALCANTI, 2010;FRANCO;STRALEN, 2015), enfatizando a experiência de autonomia e satisfação, mesmo quando exercidas nos limites da residência, com pouca interação e inserção comunitária, desconsiderando desafios e limitações advindos das soluções materializadas nos SRT. O cotidiano dos moradores foi analisado, por parte dos autores, de forma abrangente (KANTORSKI et al, 2014;LIMA;BRASIL, 2014), considerandose perspectivas como a relação com o território, os conflitos entre os pares e as dificuldades provenientes dos anos de institucionalização.…”
Section: Temáticas De Análises Privilegiadasunclassified
“…As redes de relações dos moradores foram abordadas por meio das interações estabelecidas entre si e com os profissionais responsáveis pelos SRT (ARGILES et al, 2013;FURTADO et al, 2013a;MATOS;MOREIRA, 2013;RIBEIRO NETO;AVELLAR, 2015). Fora do ambiente domiciliar, as análises incluíram os vizinhos (AMORIM; DIMENSTEIN, 2009a;BASTOS;AGUIAR, 2011;MONTEIRO et al, 2012) e as famílias de origem (FONSECA et al, 2008;SILVEIRA;SANTOS JR., 2011;KANTORSKI et al, 2013;LIMA;BRASIL, 2014;SZTAJNBERG;CAVALCANTI, 2014;FRANCO;STRALEN, 2015), retratando eventuais conflitos e dificuldades relacionais. Atores como outros usuários do CAPS, amigos ou parceiros amorosos não foram considerados nos estudos.…”
Section: Temáticas De Análises Privilegiadasunclassified
“…Os locais acessados foram tipificados de acordo com sua função principal, e percebe-se que os estabelecimentos comerciais são os mais frequentados pelos moradores. Este dado mostra o impacto da existência e gestão de um recurso financeiro na socialização dos participantes, em consonância com os achados nos estudos revisados (Honorato & Pinheiro, 2008;Lago, Machado, Vieira, & Monteiro, 2014;Paulon, Resende, Knijnik, Oliveira, & Abreu, 2007;Santos Junior & Silveira, 2009;Sztajnberg & Cavalcanti, 2010;Wachs, Jardim, Paulon, & Resende, 2010). O poder de compra -ser consumidor -é uma vivência de um lugar de contratante, ainda passivo, como afirmou Basaglia ( 2010), e não ativo como seria considerado no lugar de produção.…”
Section: Continuaçãounclassified
“…Estudos nacionais têm enfatizado aspectos intrínsecos aos SRTs, traçando paralelos entre a vida no hospital e na nova moradia (Mângia, Ricci, 2011;Santos Jr. et al, 2009;Vidal, Bandeira, Gontijo, 2008;Cadernos IPUB, 2006), buscando compreender eventuais repercussões na subjetividade dos usuários (Pinheiro, Machado, 2011;Sztajnberg, Cavalcanti, 2010;Wachs et al, 2010;Suiyama, Rolim, Colvero, 2007) e o cotidiano nas casas (Amorin, Dimenstein, 2009), sendo mais raro o questionamento dos limites dos SRTs como resposta às necessidades de moradia (Furtado et al, 2013;Venturini, 2010).…”
Section: A Política Brasileira De Moradias Para Pessoas Com Transtornunclassified