Homofobia e sexualidade em adolescentes: trajetórias sexuais, riscos e vulnerabilidades

Abstract

Esta pesquisa é um estudo transversal realizado junto a 2282 estudantes de ambos os sexos que cursavam as três séries do ensino médio em três cidades do interior do oeste paulista. O instrumento de coleta de dados empregado foi um questionário autoaplicável com 131 questões. Neste artigo, abordamos as trajetórias sexuais de adolescentes de ambos os sexos que mantêm práticas sexuais homoeróticas ou não. Discutimos as relações desses adolescentes com seus familiares e grupos de pares e a questão de sair do armário como ferramenta política. Tendo como base as concepções de Sedgwick, analisamos os momentos em que sair do armário pode ser uma entre tantas maneiras de manifestação das diferentes sexualidades em relação à heteronormatividade. Apoiando-nos nas colocações de teóricos pós-estruturalistas, abordamos também as construções teóricas e as produções discursivas sobre a adolescência, apontando novas manifestações da juventude na contemporaneidade. Por fim, percebemos a existência de amplos fatores que afetam as decisões de jovens não heterossexuais quanto a sair (ou não) do armário para além da homofobia: eventos pessoais, histórias de vida e mesmo a revelação de sua sexualidade aos pais e/ou a outras pessoas.

A “saída do armário” de homens cis gays: uma revisão sistemática de produções brasileiras

“…O ato de "sair do armário", conforme Teixeira et al (2012) apesar de ser algo comum na vida de homens cis gays não é uma decisão fácil, principalmente porque para se chegar a estas vias de fato, o sujeito irá negociar e se questionar inúmeras vezes sobre a escolha, pois, devido à cultura heteronormativa a qual é imposta desde o nascimento, "sair do armário" provoca inúmeras negociações tanto no campo individual quanto no social e político, podendo implicar sofrimento para o sujeito que se revela, visto que a hegemonia da heterossexualidade é dominante e definidora do reconhecimento e admiração social. No entanto, essas negociações já mencionadas, é tida como um privilégio da população cis, tendo em vista que pessoas que não se identificam com o seu sexo biológico não possuem recursos de se manterem ocultas no que concerne a sua sexualidade, não podendo transitar livremente sem que seja reconhecido como desviante, diferente dos homens cis gays .…”

Quando estamos em silêncio, ainda temos medo, por isso é melhor falar. A invisibilidade das produções acadêmicas sobre heteronormatividade, homossexualidade e contexto escolar- Uma revisão sistemática

“…Essa peculiaridade de mostra com maior intensidade nesta fase diante da exposição dos adolescentes as punições para mudanças de comportamentos, e, de orientação de ordem sexual. (NATARELLI, et al, 2015); (TEIXEIRA et al, 2017).…”

Homosexualidad Masculina y Lesbianismo en la Producción Académica de la Psicología

“…Diversidad sexual, diversidad de la sexualidad (Zaldúa, Longo, Lenta, Sopransi, & Joskowicz, 2015); Género (Gato & Fontaine, 2013); Heteronormalidad (Ramírez et al, 2015); Identidad, identificación de la orientación sexual (Lozano-Verduzco, 2016); Homonormalidad (Ramírez et al, 2015); Orientación sexual (Salgueiro, 2016); Sexuación (Bernal C., Blum G., & Romero C., 2015); Sexualidad (Teixeira, Marretto, Mendes, & Santos, 2012)…”