2010
DOI: 10.1590/s1414-98932010000200012
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Juventude, trabalho e projetos de vida: ninguém pode ficar parado

Abstract: Resumo: O texto tem por objetivo analisar e discutir as maneiras pelas quais os jovens, na atualidade, vêm construindo trajetórias, narrativas e projetos de vida a partir das novas configurações assumidas pelo trabalho, e apresenta, inicialmente, as concepções teóricas centrais que nortearam a pesquisa: o contemporâneo, as mudanças ocorridas no mundo do trabalho, a juventude e seus projetos de vida. Expõe, a seguir, o estudo empírico realizado, através de entrevistas semidirigidas, com jovens de classe média a… Show more

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“…As dificuldades de inserção profissional e o mal-estar vivenciado nas transformações ocorridas no mundo do trabalho influenciam na definição de si mesmo, fazendo com que ocorra uma crise de identidade. A dimensão profissional interfere na construção e reconstrução de identidades e de trajetórias de vidas, e ganha visibilidade e impacto em um cenário em que o emprego torna-se raro e o mundo do trabalho sofre profundas modificações (Maia, Mancebo, 2010). Os indicadores referentes ao trabalho retratam esta realidade: em Paulista, a proporção da população que exerce atividades laborais sem vínculo formal (19,25%) é quase três vezes superior à de Jaraguá do Sul (7,10%).…”
Section: Discussionunclassified
“…As dificuldades de inserção profissional e o mal-estar vivenciado nas transformações ocorridas no mundo do trabalho influenciam na definição de si mesmo, fazendo com que ocorra uma crise de identidade. A dimensão profissional interfere na construção e reconstrução de identidades e de trajetórias de vidas, e ganha visibilidade e impacto em um cenário em que o emprego torna-se raro e o mundo do trabalho sofre profundas modificações (Maia, Mancebo, 2010). Os indicadores referentes ao trabalho retratam esta realidade: em Paulista, a proporção da população que exerce atividades laborais sem vínculo formal (19,25%) é quase três vezes superior à de Jaraguá do Sul (7,10%).…”
Section: Discussionunclassified
“…A fala revela que um dos principais elementos que caracterizam os interesses dos jovens, a formação profissional, é responsável por impulsionar o seu desenvolvimento psíquico (Abrantes & Bulhões, 2016) e não tem sido garantida nas ações da MSE, ficando restrita aos poucos jovens que conseguem acessá-la. Nesse caso, não são oferecidas as condições necessárias para a construção do projeto de vida para todos os jovens que estão cumprindo MSE, o qual exige uma organização por parte do jovem ao planejá-lo, de acordo com o que lhe é disponibilizado (Maia, & Mancebo, 2010). Além disso, mesmo para os que conseguem realizar um curso profissionalizante, este não é articulado com políticas de inserção profissional ou geração de renda, o que pode afetar suas possibilidades após o cumprimento da MSE, pois os jovens não conseguem visualizar os passos necessários para efetivação do projeto de vida, o que pode se traduzir nas incertezas diante do futuro e na inserção precária no mercado de trabalho informal (Leal, & Mascagna, 2016).…”
Section: Planos Para O Futuro E Implicações Da Medida Socioeducativa unclassified
“…Nessa construção, inicialmente, o projeto de vida representa um plano ainda idealizado, que vai se consolidando na medida em que o jovem vai tomando consciência acerca das possibilidades concretas de sua realização (Leal, & Mascagna, 2016). É a partir das vivências que os sujeitos vão construindo seus projetos de vida, sendo esta uma construção dinâmica que envolve o contexto social, cultural e econômico, e corresponde a uma trajetória, que é planejada, avaliada e reorganizada pelos sujeitos (Maia, & Mancebo, 2010).…”
Section: Introductionunclassified
“…Assim, a desigualdade configura-se como pré-condição para que se exerça o princípio do mérito, o qual, em resposta aos discursos neoliberais, como expõe Gentili (1995, p. 234), sustenta a compreensão da possibilidade de mobilidade social, pautada em atributos individuais, mantendo a lógica individualista tal como descrita por Mancebo (2004) e Palangana (2002). Nessa forma de compreensão, o indivíduo é o responsável exclusivo por si, por seus sucessos e fracassos, um empresário de si mesmo (Maia & Mancebo, 2010). Para Yasbek (2003), essa lógica reforça a compreensão individualista de questões sociais, apagando o reconhecimento da pobreza e da exclusão social como expressões de relações sociais e econômicas.…”
unclassified