Fatores que interferem na prevenção do sono e repouso de criança em Terapia Intensiva

Abstract

Trata-se de um estudo de caso com uma criança internada em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica, cujo objetivo é descrever os fatores que interferem na preservação de seu sono e repouso. Utilizou-se como método, para a coleta de dados, observação direta, a partir dos procedimentos realizados e da maneira de cuidar da criança pela equipe multiprofissional. Os resultados denotam que o sono e o repouso foram interrompidos em intervalos de 25 minutos, evidenciando a necessidade e a privatização do sono e repouso nestas circunstâncias. Conclui-se que a assistência à criança que necessita de cuidados intensivos deve estar voltada para atender suas necessidades individuais, utilizando para tal uma abordagem humanística que implica na formação de conjuntos, na interdisciplinaridade dos profissionais, buscando a integralidade, a unicidade e a interdependência.

O sono do recém-nascido internado em unidade de terapia intensiva: cuidados de enfermagem

“…O RN enfermo tem a capacidade de adaptarse à vida extrauterina alterada, o que leva a instabilidade das funções fisiológicas e afeta o seu desenvolvimento neuromotor (12) . A exposição ao ambiente da UTIN leva conseqüentemente, à interrupção do sono, que pode ser responsável por diversos danos ao bebê enfermo, inclusive comprometer o desenvolvimento de seu organismo (13) .…”

“…Considerando que o sono é uma manifestação fisiológica, quanto mais o RN dorme durante o dia, melhor ele dormirá à noite, e consequentemente, melhor será a aceitação da alimentação, ganho de peso e, finalmente, sua saúde geral. Dessa maneira, a interrupção do sono e do repouso pode influenciar negativamente no processo de recuperação da saúde da criança e mais tarde interferir em sua qualidade de vida (13) .…”

“…Apesar das evidências cientificas sobre a importância do sono para o desenvolvimento e a saúde do RN, ainda observamos que o mesmo recebe pouca atenção no cotidiano dos serviços neonatais (13) .…”

“…Para promover a maior estabilização e organização e ajudar a conservar energia para o crescimento e desenvolvimento do bebê enfermo, especialmente do prematuro (12) , os cuidados devem ser agrupados em períodos curtos e executados de maneira contínua, lenta e gentil, observando-se os sinais de estresse (aumento da frequência cardiorrespiratória e redução da saturação de oxigênio), e o procedimento deve ser interrompido quando isso ocorrer (12)(13) . Ainda nesse sentido, a literatura destaca que o cuidador, ao assistir o neonato, deve estar atento aos sinais de má adaptação ao ambiente emitidos pelo bebê, como respiração, frequência cardíaca e pressão arterial irregular; temperatura corporal oscilante; postura, tônus muscular e movimentos corporais alterados; irritabilidade, choro contínuo; sono difuso, hiperalerta e outros (11) .…”

Instrumentos para avaliação do padrão de sono em crianças com doenças crônicas: revisão integrativa

“…O tempo total de sono varia com cada faixa etária e diminui gradativamente com o passar dos anos, variando em média 12 horas no recém-nascido e até 7 a 8 horas no escolar e adolescente 3,6 . Em crianças hospitalizadas, se evidencia diminuição significativa da eficiência do sono (em média 3,4 horas) principalmente devido aos diversos despertares noturnos e cochilos diurnos 4,[7][8][9] .…”