Prevenção integrada: novas perspectivas para as políticas de segurança no Brasil

Abstract

O presente artigo busca identificar os elementos constitutivos de uma nova perspectiva de tratamento da conflitualidade social contemporânea. Parte-se do reconhecimento dos limites do paradigma reativo, característico da modernidade em matéria penal, pautado pela lógica formal e dogmática da normatividade estatal. Se de um lado a crise deste paradigma leva ao recrudescimento do punitivismo, com propostas de aumento de penas e da utilização das mesmas não mais para retribuir ao delito ou reinserir o indivíduo na sociedade, mas como mecanismo de pura e simples contenção, e à supressão de garantias em nome da eficiência e do combate ao crime, de outro, surgem por toda parte experiências de gestão da segurança baseadas na participação cidadã e no engajamento da sociedade civil em políticas de inclusão social e controle público da atuação da polícia e do sistema penal.

Proposta para auxílio no tratamento de ocorrências de segurança pública por meio da plataforma ServiceNow

“…Embora esses avanços prometem fornecer apoio ao controle de crimes, convém citar que essas tecnologias são ferramentas e, como tais, produzem benefícios à sociedade dependendo dos agentes humanos que as controlam, sendo necessárias constantes atualizações para garantir melhor agilidade, precisão e qualidade. Complementando, Azevedo (2006) relata que o policiamento é mais eficaz quando há apoio efetivo da população no monitoramento da criminalidade.…”

O que se escreve no Brasil sobre Segurança Pública? Uma revisão da literatura recente

“…Na visão dos ativistas principalmente, as políticas públicas ainda pecam pela baixa especificidade da temática dos direitos dessa comunidade (MELLO et al, 2011). Azevedo (2006) elaborou ensaio no qual faz duras críticas ao modelo adotado pelo sistema de justiça nacional. Para o autor, o modelo punitivo remediado pelas políticas públicas de segurança demonstrou não funcionar a contento devido à contínua escalada da violência, ao mesmo tempo em que vem ferindo direitos constitucionais.…”

“…Elaborar projetos municipais de segurança pública com a participação da sociedade, políticas de descarcerização, garantismo penal, políticas de inclusão social e de ressocialização críveis de serem implementadas seriam alguns pontos defendidos, no ensaio, pelo autor (AZEVEDO, 2006).…”

Indústria 4.0: Impactos Sobre a Organização Do Trabalho E Competências Profissionais

“…Neste sentido, Soares (2003) também apontou a importância de investimentos na qualificação das polícias por estimular o comprometimento dos agentes com o trabalho preventivo, os direitos humanos, e a relação participativa com a comunidade. Da mesma forma, Azevedo (2006) sublinhou que em um sistema de segurança pública, a qualificação dos policiais é uma exigência "inafastável" para garantir uma atuação democrática.…”

“…Baseado nessa relevância, Azevedo (2006) ainda apontou que medidas permanentes de formação e capacitação das polícias civis e militares têm sido incentivadas por representantes do Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública, e pelos Planos Nacionais de Segurança Pública. Estes, que tem como objetivo aperfeiçoar as ações dos órgãos de segurança pública (CARVALHO; SILVA, 2011).…”