No presente artigo buscamos compreender a emergência recente da pós-graduação em Antropologia Social na UEM a partir de uma perspectiva histórica. Exploramos as razões/motivações que levaram à sua criação/emergência recente. Trata-se do primeiro programa de pós-graduação nesta área de conhecimento oferecido em uma instituição pública de ensino superior. Um dos principais argumentos que procuramos evidenciar, e como o título sugere, é que a pós-graduação emerge, por um lado, como continuidade da graduação em Antropologia e possibilidade de formação antropológica dentro do país, com vista a superar a lacuna na produção do conhecimento antropológico existente. Por outro lado, como uma possibilidade de ruptura em relação à dinâmica impressa anteriormente pelo curso de graduação, caracterizada pela rotina na reprodução do conhecimento antropológico através do ensino, no lugar de produção de conhecimento. Assim, a pós-graduação emerge como motor que pretende galvanizar a produção científica no campo da Antropologia em Moçambique, mas também, como uma resposta à demanda por antropólogos no país, quer ao nível das instituições do Estado (instituições de governo e de ensino públicas), assim como, privadas (ONGs, Organismos Multilaterais e Instituições do Ensino Superior Privadas etc.).