A abordagem de redução de danos em espaços educativos não formais: um estudo qualitativo no estado do Rio de Janeiro, Brasil

Abstract

Este artigo discute as contribuições da abordagem de redução de danos para a prática educativa em saúde e drogas, em espaços não formais, a partir da análise dos fundamentos teórico-metodológicos e das atividades de um projeto desenvolvido pelo Instituto Oswaldo Cruz, com educadores de organizações não governamentais do estado do Rio de Janeiro, Brasil, de 2006 a 2007. Orientado por uma abordagem qualitativa, o estudo analisou a trajetória e as práticas profissionais de educadores e o contexto institucional, por meio da análise documental, de entrevistas e observações diretas. Os achados revelaram que houve apropriação e ressignificação, pelos educadores, dos conceitos abordados no projeto relativos à educação para autonomia, redução de danos e vulnerabilidade, orientados por uma abordagem dialógica e crítica do processo de construção do conhecimento.

O Cuidado E a Redução De Danos Como Promotores De Saúde No Território Da Cracolândia

“…A proximidade que os redutores conseguem manter com o fluxo é fruto do acolhimento e do cuidado livre de julgamentos e imposições. Diferentemente de muitos outros serviços de saúde, os redutores ao adentrarem o fluxo ou ao abrirem o espaço de convivência, em ambos os casos estão do lado de dentro, do lado das pessoas que usam drogas e isso fortalece e mantém a relação de afeto e respeito entre eles (SAN-TOS;SOARES;CAMPOS, 2010;SANTOS;MATTOS;FREI, 2014;FORTESKI;FARIA, 2013;PASSOS;MONTEIRO, 2011;ELIAS;BASTOS, 2011;FON-SÊCA, 2012). A RD caminha ao contrário da criminalização e patologização dessa população, oferecendo a ela uma gama de possibilidades fora do estereótipo de criminosos e doentes (PASSOS; SOUZA, 2011).…”

Fazeres em Saúde Coletiva: Experiências e reflexões de jovens sanitaristas

“…Dentre as estratégias utilizadas, a Redução de Danos (RD), através da educação e prevenção, busca auxiliar os usuários tanto de drogas ilícitas quanto de drogas lícitas à redução do seu consumo. Seus métodos fogem da abordagem tradicional de total abstinência que, segundo estudos, são limitadas e sem sucesso (SOUZA; MONtEIRO, 2011 …”

Motivos da ação do redutor de danos junto ao usuário de drogas: um estudo fenomenológico

“…Studies in the scientific literature on harm reduction reveal weaknesses in the social networks and a lack of understanding and involvement of health workers; moreover, they fail to include the harm reducer as a participant of the research (8)(9) . Thus, the research question of the present study is, "What are the reasons behind the work of harm reducers with drug users?…”