Resumo Na última década, a partir de políticas públicas de acesso à universidade, o perfil dos estudantes modificou-se. Se antes havia um público de elite intelectual, de classe social privilegiada, agora tem-se uma maior heterogeneidade. Para atender esse público, há programas de Apoio Pedagógico. Logo, o presente trabalho buscou analisar as ações do Apoio Pedagógico de uma universidade do sul do Brasil. Como metodologia, foi realizada pesquisa qualitativo-descritiva que envolveu análise documental a respeito das políticas públicas e as ações institucionais do Apoio Pedagógico e entrevista semiestruturada aplicada presencialmente com os integrantes da equipe do Apoio Pedagógico: a tutora, o profissional da CAE e três estudantes com dificuldades de leitura e/ou escrita e um com Transtorno Funcional. Os resultados apontam que, embora a universidade ofereça programas de apoio para os estudantes, ainda não é eficiente, pois as ações não atingem todos os estudantes, a adesão dos cursos aos programas ofertados pelo Apoio Pedagógico é baixa e a divulgação ainda é insuficiente. Os universitários, por sua vez, sentem-se excluídos pelos docentes e demais colegas e referem que suas dificuldades acadêmicas atrapalham sua trajetória com qualidade na instituição e até a permanência de cada um na instituição. Assim, há necessidade de medidas para que se promova a inclusão e seja possível uma universidade para todos, tais como: curso de formação docente, programa de apoio mais direcionado para cada necessidade do estudante, oficinas de letramento, palestras para a comunidade acadêmica, dentre outras.