“…A implementação dessas grandes operações estruturais está associada ao modelo desenvolvimento econômico prevalente em todo mundo (BERMANN, 2008). Pesquisas, das mais variadas fontes, indicam as contradições deste modelo de desenvolvimento, visto que diferentemente do que é posto para a sociedade, a chegada dessas empresas trouxe consigo diversas transformações e impactos na vida da população que residem circundantes ao CIPS, aos moradores que viviam ou vivem onde é hoje o Complexo Industrial, bem como nestes Territórios, como a poluição atmosférica e sonora, a modificação na qualidade da água, alterações na fauna e na flora, a violência, a perda de direitos resultantes dos conflitos entre populações locais e empreendedores, os processos de desterritorialização, além dos danos consequentes à saúde física e mental, como estresse, distúrbios nutricionais, distúrbios psicossociais, cardiopatias, doenças respiratórias e digestivas (QUEIROZ; MOTTA-VEIGA, 2012;PORTO et al, 2013;ALVES, 2016;RIGOTTO, 2008, TAMBELLINI, 2009. Os meios pelos quais se buscam o crescimento econômico, geralmente, não são sustentáveis, e nas últimas décadas têm se exaurido e degradado os recursos naturais, além de ampliar as desigualdades sociais.…”