“…compreendendo, segundoAchuti & Azambuja (2004a), majoritariamente, o diabetes, o câncer, as doenças cardiovasculares e as respiratórias crônicas. Embora a designação "doenças crônicas não degenerativas" seja amplamente empregada no contexto Capítulo III epidemiológico e se baseie na definição proposta pela Organização Mundial deSaúde, Lotufo (2004) questiona a generalidade do conceito afirmando haver doenças crônicas para as quais os seus critérios não se sustentam e não se aplicam; sugerindo que as análises se voltem às especificidades dos principais grupos dessas enfermidades conforme a Classificação Internacional de Doenças.Não obstante, o que é importante reter dessa classificação é o fato de serem enfermidades que compartilham, segundo o paradigma causal corrente, um pequeno número de fatores de risco, que demandam por assistência continuada de serviços e ônus progressivo, na razão direta do envelhecimento dos indivíduos e da população e que são alvos potenciais de intervenções preventivas como o tabagismo, as dislipidemias, a obesidade, o sedentarismo, a própria hipertensão e o diabetes(Achuti & Azambuja, 2004b).Orientado pelo "Consenso 18 Brasileiro sobreDiabetes/2002" (SBD, 2003, o sistema oficial de saúde no Brasil define diabetes como uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina (produzida pelo pâncreas) e/ou da sua incapacidade em exercer adequadamente os seus efeitos para que o corpo funcionar bem e para que possa utilizar a glicose (açúcar) como principal fonte de energia. Caracteriza-se pelo aumento crônico da taxa de glicose no sangue (hiperglicemia) com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas.…”