2008
DOI: 10.1590/s1413-80502008000300006
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Reservas internacionais ótimas para o Brasil: uma análise simples de custo-benefício para o período 1999-2007

Abstract: ResumoEste artigo calcula, por meio de extensões da metodologia de Ben-Bassat e Gottlieb (1992), o nível ótimo de reservas internacionais para o Brasil no período 1999-2007, bem como as perdas sociais associadas à manutenção de reservas em nível distinto do ótimo. De acordo com os resultados obtidos, o nível de reservas observado no Brasil parece ter se tornado "excessivo" a partir de 2005 ou 2006, sob diversos cenários e hipóteses alternativas para os principais parâmetros do modelo, gerando perdas sociais cr… Show more

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“…No caso de acumulação sistemática de reservas tem de se considerar os custos da acumulação, em relaçãoà vantagem de redução da vulnerabilidade externa e perda de produto em caso de ocorrência de um sudden stop. Os custos são fiscais, por causa da necessidade de esterilização da emissão de moeda doméstica decorrente da compra de moeda externa, e os custos de oportunidade da utilização desses recursos em comparaçãoà sua rentabilidade Cavalcanti and Vonbun (2008). Por outro lado, regime cambial e termos de troca influenciam a probabilidade de crises de balanço de pagamentos.…”
Section: Revisão De Literaturaunclassified
“…No caso de acumulação sistemática de reservas tem de se considerar os custos da acumulação, em relaçãoà vantagem de redução da vulnerabilidade externa e perda de produto em caso de ocorrência de um sudden stop. Os custos são fiscais, por causa da necessidade de esterilização da emissão de moeda doméstica decorrente da compra de moeda externa, e os custos de oportunidade da utilização desses recursos em comparaçãoà sua rentabilidade Cavalcanti and Vonbun (2008). Por outro lado, regime cambial e termos de troca influenciam a probabilidade de crises de balanço de pagamentos.…”
Section: Revisão De Literaturaunclassified
“…Tais alterações foram caracterizadas pelo abandono do câmbio fixo em favor de taxas de câmbio flutuantes, um maior fluxo de capitais para os mercados emergentes (EMs) e um comércio internacional cada vez mais elevado, principalmente com a ascensão da China. Essas transformações suscitaram a noção de que os regimes de câmbio flutuante, a livre mobilidade de capitais e o comércio crescente, diminuíssem as necessidades de acumulação de reservas cambiais pelos países (Cavalcanti and Vonbun, 2008), já que os ajustes nos balanços de pagamentos seriam alcançados de forma quase que automática.…”
Section: Introductionunclassified
“…Neste sentido, de acordo com Obstfeld et al (2010), o rápido acúmulo de reservas cambiais, tornou-se um 'quebra-cabeça' para a macroeconomia internacional. Isso, porque quando se leva em consideração os indicadores de adequação do nível de reservas considerados pela literatura sobre o tema, pautados em aspectos como a regra de Guidotti-Greenspan 1 , o modelo de Jeanne e Ranciére 2 e a razão reservas/importação 3 , nota-se que houve um excesso de acumulação que desafiou a teoria econômica (Cavalcanti and Vonbun, 2008, Jeanne, 2007, Laan et al, 2012.…”
Section: Introductionunclassified
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“…Após essa introdução inicial, segue a segunda seção analisando a acumulação de reservas internacionais para as economias emergentes e seus determinantes, na terceira seção a acumulação de reservas para o Brasil, na quarta seção os estudos empíricos sobre benefícios, custos e níveis adequados de reservas para as economias emergentes e em desenvolvimento, com ênfase no Brasil, finalizando com as considerações finais na quinta seção. 2.1 Fatos Estilizados sobre Reservas Internacionais para as Economias Emergentes e em DesenvolvimentoEssa seção busca analisar os fatos estilizados do processo de acumulação de reservas internacionais nas economias emergentes e em desenvolvimento na primeira subseção e os determinantes da acumulação de reservas na segunda subseção Vonbun (2007). colocam que após o fim de Bretton Woods e a adoção de livre flutuação cambial, ao contrário dos modelos macroeconômicos predominantes na época, que previam diminuição dos níveis das reservas internacionais com a livre flutuação cambial, que conforme a teoria neoclássica diminuiria a necessidade de reservas internacionais, não foi observado, já que as reservas se mantiveram e em alguns casos até Na década de 1980, as reservas sofreram pouca variação em relação à década anterior conformeGhosh et al, 2012, pois se mantiveram em média de 5% do PIB nas economias emergentes e o tema foi abordado por poucos autores como Frenkel e Jovanovich (1981) eEdwards (1983) conformeCavalcanti e Vonbun (2007), ganhando mais importância na década de 1990, com advento das crises cambiais do Sistema Monetário Europeu, do México e da Ásia, que impulsionaram o aumento nos níveis das reservas internacionais por motivos precaucionais na década seguinte, reflexo da liberalização e aumento dos fluxos de capitais que se inicia no fim da década de 1980.Os desbalanceamentos dos fluxos de capitais nos anos 1990 e a crise asiática de 1997, levaram os países a adotar maiores níveis de reservas, via de regra métricas…”
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