Introduction:The anatomical studies conducted in recent decades made possible the emergence of "free-hand" technique for pedicle screw instrumentation of the thoracic-lumbar spine based solely on anatomical parameters. However, the potential risks associated with such technique revealed the immediate need to create educational models for surgical training. Methods: After an interdisciplinary partnership, two anatomic specimens were submitted to instrumentation of the thoracolumbar spine. In the sequence they were submitted to fine-slice CT-scan, and, finally, to the decompression of the lumbar spinal canal in order to verify the accuracy pedicle screw placement both on the anatomical and radiological level. Results: Overall, 28 intact vertebral bodies were instrumented (T5-S1) in two specimens (a total amount of 62 pedicle screws). Overall, there were only four critical perforations. Considering the accuracy rates for each specimen separately, the number of violations decreased from the first (32% of misplaced screws) to the second instrumented specimens (25%). A more surprising learning curve was noted when considering the lower thoracic spine separately (37,5% versus 12,5%). Conclusions: The authors demonstrate that incorporating the training of pedicle screw instrumentation in routine neurosurgical residency is a cost-effective educational method, which enables young neurosurgeons to practice these skills in the laboratory before proceeding to the operating room.
RESUMOIntrodução: Os estudos anatômicos realizados nas últimas décadas possibilitaram a emergência da técnica "Free-hand" para instrumentação da coluna tóraco-lombar baseada exclusivamente em parâmetros anatômicos. Entretanto, os riscos potenciais a ela associados levaram à necessidade de criação de modelos educacionais para o treinamento cirúrgico. Métodos: Após parceria multidisciplinar, foi realizada a instrumentação de dois espécimens cadavéricos, os quais foram, na sequencia, submetidos à Tomografia Computadorizada com cortex finos e posteriormente à descompressão do canal lombar para verificação da real posição dos parafusos pediculares tanto ao nível radiológico quanto anatômico. Resultados: Foram instrumentados ao total 28 níveis (T5-S1), totalizando 62 parafusos pediculares. Ao final, verificaram-se somente 4 violações críticas. O número de violações diminuiu de 32% para 25% do primeiro para o segundo especimen. Uma curva de aprendizado mais acentuada pôde ser observada considerando-se isoladamente a coluna torácica baixa (37,5% versus 12,5%). Conclusões: Os autores demonstraram que a incorporação do treinamento de instrumentação da coluna tóraco-lombar com parafusos pediculares no programa de residência médica é um método educacional com uma ótima relação custo-benefício, o qual possibilita que neurocirurgiões em treinamento desenvolvam suas habilidades antes de exercê-las na prática cirúrgica.
Palavras-chave: Parafusos pediculares, coluna tóraco-lombar, residência médica, artrodese cirúrgica.Recebido em janeiro de 2010, aceito em março de 2...