RESUMO -Muitas indústrias usam corantes sintéticos para colorir seus produtos.A poluição decorrente do descarte de efluentes industriais em corpos d'água ocasiona um grande problema ambiental. O presente trabalho teve como objetivo principal, desenvolver e estudar a possibilidade de utilizar resíduos da agroindústria, como a casca de timbaúva na adsorção do corante azul de metileno. Foram avaliados através de técnicas de planejamento experimental, os fatores que afetam a obtenção do carvão e a sua utilização em processos de tratamento de efluentes. A variável temperatura não apresentou influência sobre o poder de adsorção, enquanto que o tempo de carbonização da casca contribuiu de forma negativa e significativa no processo de adsorção na faixa de 18 a 24 min. Portanto, estes resultados iniciais, indicam que o carvão da casca de timbaúva se credencia como adsorvente para tratamento de efluentes aquosos que possuam o corante de azul de metileno.
INTRODUÇÃOHá algum tempo, as indústrias e a comunidade científica, em geral, têm se preocupado com o tratamento e o descarte correto de efluentes oriundos de processos industriais. O descarte e o tratamento incorreto dos efluentes poderão ocasionar danos à saúde pública e ao meio ambiente como: toxicidade, reatividade, corrosividade entre outros riscos químicos e biológicos (Dinâmica Ambiental, 2013). Seja em escala de bancada ou industrial, a purificação e o tratamento de efluentes se conduzem por diversas operações unitárias, mas, principalmente, por adsorção que apresenta alta eficiência de remoção de poluentes e pelo seu baixo custo operacional (Robinson et al., 2001). A transferência de massa na adsorção é caracterizada pelo gradiente de concentração entre o sólido (adsorvente) e a solução fluida (adsorbato) sendo um fenômeno de superfície que é caracterizado pela afinidade entre a superfície sólida e algumas substâncias que envolvem a solução fluida, o que permite separá-las dos demais componentes do adsorbato (Gomide, 1988a).A escolha do adsorvente industrial se dá por diversos aspectos técnicos como: seletividade, inércia química, área específica do material, porosidades (Gomide, 1988b) entre outros, mas, principalmente, pelo baixo custo monetário. O carvão mineral ativado é um