História de Vida de Líderes Surdos: um Estudo a Partir da sua Trajetória em Movimentos Sociais1

Abstract

RESUMO: este artigo trata de histórias de vida de pessoas surdas, tendo como principal objetivo analisar os fatores que as levaram à militância e ao envolvimento em movimentos sociais, assim como as contribuições trazidas pelas suas consequentes lideranças. Como procedimento metodológico, privilegiamos a metodologia História de Vida, através da aplicação de entrevistas abertas e semiestruturadas. Os resultados apontaram como fatores de destaque a influência de "um outro", especificamente um "outro surdo", os aspectos linguísticos, a escola especial para surdos, a igreja e ênfase nas lideranças das pessoas surdas. Como conclusão, os dados analisados nos permitem sugerir que é importante dar voz e oportunidades às pessoas surdas e instigar a sociedade para novos olhares, novos estudos e pesquisas com novas experiências, que sirvam de referenciais como inclusão de pessoas surdas em movimentos sociais.

O POTENCIAL DA HISTÓRIA DE VIDA COMO ESTRATÉGIA DE PESQUISA QUALITATIVA EM ADMINISTRAÇÃO : "Você pode me contar a sua história?"

“…Apesar da história de vida ser amplamente utilizada por pesquisadores de diferentes áreas de conhecimento, tanto nacionais (por exemplo: QUEIROZ, 1988;BUENO, 2002;JOSSO, 2004;SOUZA, 2006;ANTONELLO, 2011;MIRANDA;CAPPELLE;MAFRA, 2014;ÁRABE;SPITZECK, 2014;FERREIRA;GODOY, 2015;TONON;GRISCI, 2015;FOOKEN , 2015;VASCONCELOS, 2016) como internacionais (por exemplo: BERTAUX; KOHLI, 1984;DENZIN, 1989;THOMPSON, 1992;HATCH;WISNIEWSKI, 1995;ATKINSON, 2002;BERGER, 2008 2012; SMITH, 2012; DUNLOP; WALKER, 2013; COHEN, 2014; MANCZAK; ZAPATA-GIETL; MCADAMS, 2014), ainda recebe críticas pelo processo analítico que orienta suas práticas na pesquisa, em razão de que alguns a consideram "pouco científica" em razão de sua subjetividade.…”

“…No Brasil, o interesse por pesquisas em histórias de vida no campo da Administração pode ser considerado recente, como pode ser observado nos estudos desenvolvidos por Jaime, Godoy e Antonello (2007), Mageste e Lopes (2007), Matos (2010), Closs e Antonello (2011), Craide (2011), Bonilha e Sachuki (2011), Cishimura, Alperstedt e Feuershütt (2012), Miranda, Cappelle e Mafra (2013), Oliveira e Closs (2013), Silva, Silva e Oliveira (2013), Maccali et al (2014), Árabe e Spitzeck (2014), Closs e Antonello (2014), Tonon e Grisci (2015), Vasconcelos (2016) e Ferreira e Godoy (2017).…”