Avaliação assistida e comunicação alternativa: procedimentos para a educação inclusiva

Abstract

As pesquisas sobre a avaliação assistida vêm delineando um campo promissor dada as suas características inovadoras que a distinguem de uma avaliação tradicional, favorecendo a população que apresenta dificuldades no processo de aprendizagem ou em situação de desvantagem social. Crianças que necessitam de recursos alternativos para a linguagem expressiva constituem um significativo grupo que pode se beneficiar de uma avaliação diferenciada. Neste estudo, participaram sete crianças com necessidades especiais em situação de avaliação assistida, utilizando o Children's Analogical Thinking Modifiability Test-CATM, acrescida da avaliação psicométrica, realizada pelos testes Raven, Columbia e Peabody, estes últimos em versão computadorizada, antes e após intervenção com sistema de Comunicação Alternativa e Ampliada-CAA. Além dos processos de pensamento, foram considerados aspectos não estritamente cognitivos, mas de grande importância: reação da criança ao contexto de avaliação e ao tipo de tarefa, variáveis pessoais e situacionais como motivação e fadiga, além da acessibilidade à mediação. Tais variáveis foram sistematizadas em categorias cognitivas, comportamentais e afetivo-motivacionais nos contextos de ensino e intervenção, compondo um mosaico de indicadores sobre o perfil da amostra nas diferentes etapas do estudo. Apesar da situação de avaliação - tradicional e assistida - ter se configurado como cansativa, foi possível identificar as operações e disfunções cognitivas nas provas tradicionais e assistida e na intervenção, além de fatores não-intelectuais que afetaram o desempenho, delineando um perfil intragrupo de aprendizagem na resolução de problemas. A avaliação assistida é reconhecidamente uma relevante ferramenta de diagnóstico psicológico, complementar à abordagem psicométrica tradicional, para crianças com déficits comunicativos.

A Comunicação Suplementar e/ou alternativa na sessão de fisioterapia

“…The five physiotherapists believe and invest in the CSA board resource, although four of them did not routinely include it in the therapy session: "Those who have, we use it, but I can't say I always use it, only when we got time [...] It should be emphasized that the ones who graduated from 1998 to 2009, most in the group says, during graduation, it was not offered a specific discipline on AAC (F2, F3, F5), even being an area known in Brazil since the late 1970s 19 . Only one of the physiotherapists emphasizes the knowledge of the topic of assistive technology by reporting personal experiences from a teacher in the Neurology I discipline, but without any major theoretical bases and planning in the course syllabus (F4).…”

Avaliação cognitiva psicométrica e assistida de crianças com baixa visão moderada

“…Pode-se considerar que as provas assistidas se mostraram adequadas para a avaliação dessas crianças, à semelhança dos dados obtidos por Enumo e Batista (2006b) com crianças com DV. As provas assistidas forneceram indicadores do processo de raciocínio das crianças deste estudo, na medida em que identificaram a variação individual de desempenho e propiciaram a compreensão do funcionamento cognitivo, no que diz respeito às operações cognitivas e aos comportamentos subjacentes ao desempenho infantil na situação de aprendizagem, conforme estudos anteriores realizados com crianças com diferentes necessidades educativas especiais (Batista e cols., 2004;Enumo & Batista, 2006b;Linhares & Enumo, 2007;Paula & Enumo, 2007;Tzuriel, 2001;Tzuriel & Klein, 1985).…”

“…Especialmente no Brasil, alguns estudos e pesquisas usando a avaliação assistida despontaram no cenário da Psicologia e da Educação Especial (Batista, Horino, & Nunes, 2004;Enumo, 2005;Linhares & Enumo, 2007;Paula & Enumo, 2007). Nessa perspectiva, destaca-se o Jogo de Perguntas de Busca com Figutas Geométricas para Crianças com Deficiência Visual -PBFG-DV como um instrumento sensível para avaliação da criança com DV (Enumo & Batista, 2006a, 2006b.…”

Avaliação cognitiva assistida para crianças com paralisia cerebral: o que informam as pesquisas?

“…Nessa perspectiva, os resultados das pesquisas sobre a avaliação assistida vêm delineando um campo promissor. Trata-se de estratégia inovadora, o que a distingue de uma avaliação tradicional, o que favorece o atendimento da população que apresenta dificuldades no processo de aprendizagem ou aquela em situação de desvantagem social (OMOTE, 2004;GERA;LINHARES, 2004;PAULA;ENUMO, 2007;ENUMO, 2009 Tendo-se como suporte os trabalhos de pesquisa citados nessa breve introdução do artigo, foram formuladas as seguintes hipóteses:…”