Plano de segurança da água implementado na estação de tratamento de água de Guaraú, em São Paulo

Abstract

RESUMO O Plano de Segurança da Água representa a estratégia de previsão de perigos e monitoramento de riscos que podem ameaçar a qualidade da água para consumo humano. O trabalho teve o intuito de estudar o Plano de Segurança da Água implantado na estação de tratamento de água Guaraú, de modo a identificar sua concepção metodológica, seus desafios e suas potencialidades para o controle efetivo do sistema de abastecimento de água. Os documentos que subsidiaram a elaboração do plano foram as recomendações da Organização Mundial da Saúde e as exigências do padrão de potabilidade, previstos pela Portaria nº 2.914/2011, do Ministério da Saúde. Para tratamento de água, a companhia gestora do saneamento na Região Metropolitana de São Paulo adotou a metodologia de Beuken et al. (2008) e a proposta de Brasil (2012) para caracterização do perigo e avaliação de riscos. A avaliação indica que quanto maior o valor atribuído a determinado parâmetro, maior é a atenção necessária a este ao longo do sistema de abastecimento de água. A empresa instituiu o Plano de Segurança da Água para otimizar os processos de tratamento e garantir qualidade na distribuição de água potável de forma eficiente. Essa empresa iniciou discussões internas sobre o instrumento em 2006, identificou uma metodologia que pudesse expressar as diretrizes da política ambiental, elaborou o modelo do Plano de Segurança da Água, realizou reuniões técnicas e implantou o plano na estação de tratamento do Guaraú. Os principais resultados foram a sistematização de registros, a implementação de novos procedimentos, a aquisição de equipamentos, a capacitação técnica e a identificação de pontos de controle. O maior desafio foi implantar um instrumento preventivo viável e dinâmico para gestão hídrica. Ressalta-se que o sucesso do plano depende, entre outros fatores, de dados atualizados, da participação da alta administração e dos ajustes necessários requeridos pela própria metodologia. Há falta de estudos científicos e manuais práticos sobre o tema.

Challenges and Facilitating Factors to Implement Water Safety Plans: a Systematic Review

“…Based in the selected papers, the challenge that comes in second is (2) time: time spent between the discussions and the implementation of the WSP (Ventura;Vaz Filho & Nascimento 2019), time spent in the communities that will be impacted by the plan (Kayser et al 2019); time spent by the team; and time spent with field visits and data collection (Ncube & Pawandiwa 2013).…”

“…By not understanding the WSP in its entirety, specially its (3) advantages and benefits, the plan becomes just another bureaucratic document in the activity board of a team (Amjad et al 2016;Kanyesigye et al 2019;Kayser et The commitment of the high-level directors is pointed out as a deciding factor when implementing the plan, considering that the directors are the decision makers when it comes to resources allocation, whether it may be financial, human or time for each activity, as well as the priorities in the actions of the organization (Kanyesigye et al 2019;Ncube & Pawandiwa 2013;Parker & Summerill 2013;Perrier et al 2014;Summerill et al 2011;Ventura, Vaz Filho & Nascimento 2019). This factor, highlighted as relevant by WHO, is essential to ensure that the financial resources are obtained and allocated, and it impacts how far the planned goals can reach (WHO 2016;.…”

Sistema de baixo custo para monitoramento remoto da qualidade da água

“…Para uniformizar a qualidade da água que é distribuída às populações, suportes legais e normativos de padrões de potabilidade da água para consumo humano são desenvolvidos em todo o mundo, os quais são geralmente fiscalizados por intermédio dos órgãos de vigilância sanitária locais e pelos responsáveis pelo abastecimento da água. Tais normas estabelecem parâmetros para controle microbiológico, turbidez, substâncias químicas, substâncias radioativas, desinfecção, entre outros, além de instituir processos ideais para assegurar a eficiência no tratamento e distribuição da água, variando com a legislação de cada país (VENTURA et al, 2019).…”

Perigos e riscos associados à captação de água superficial: uma contribuição ao Plano de Segurança da Água de São Carlos (SP)

“…Gradvohl (2012) aplicou a metodologia de PSA nos SAA dos municípios pertencentes à Região Metropolitana de Fortaleza (CE) e utilizou a Lógica Fuzzy e o software Matlab para analisar o nível de risco a que estava submetido cada SAA. Oliveira et al(2016) avaliaram o risco de contaminação da água por agrotóxicos em manancial localizado em um município da grande Aracaju (SE), próximo a áreas de cultivo de cana-deaçúcar.…”

“…propôs uma metodologia para a aplicação do Plano de Segurança da Água no município de Bento Gonçalves (RS) para todo o SAA. Com foco em municípios cujo SAA é operado por uma autarquia municipal, Rosso, Lamin e restrito); a articulação entre os prestadores de serviço e os órgãos de gestão dos recursos hídricos; e a falta de comprometimento da alta administração que assegure os investimentos financeiros necessários à confiabilidade no planejamento(SOUZA, 2014;VAZ FILHO;NASCIMENTO, 2019).4 MATERIAL E MÉTODOSComo subsídio à elaboração do PSA do SAA de São Carlos (SP) foi enfatizada a captação de águas superficiais para abastecimento público. As etapas da pesquisa seguiram os procedimentos preconizados para o desenvolvimento do PSA e foram aplicadas conforme as metodologias descritas porWHO (2009) e Brasil (2012.…”