Presença e remoção de atrazina, desetilatrazina, desisopropilatrazina e desetilhidroxiatrazina em instalação piloto de ozonização e filtração lenta

Abstract

RESUMO Os agrotóxicos, quando utilizados no meio ambiente, sofrem transformações bióticas e abióticas, gerando subprodutos com toxicidade maior ou semelhante ao agrotóxico de origem. No presente estudo foi investigada a dinâmica da presença de atrazina e seus produtos de degradação clorados, desisopropilatrazina e desetilhidroxiatrazina, na oxidação com ozônio, na filtração lenta em areia e na associação dos dois processos em instalação piloto. Foram estudadas as doses de ozônio de 0,9, 1,6 e 2,8 mg.L-1 para concentração de atrazina no afluente, variando de 30 a 79 µg.L-1. Para dose de ozônio de 2,8 mg.L-1, a concentração de atrazina foi inferior a 2 µg.L-1; no entanto, ocorreu formação de subprodutos em concentração superior a 3 µg.L-1. Na filtração lenta, não ocorreu redução da concentração de atrazina. Quando precedida da ozonização, para dose de 1,6 mg.L-1, a concentração de atrazina foi inferior a 2 µg.L-1 e atendeu ao valor máximo permitido pela Portaria MS 2.914/2011; entretanto, a concentração de subprodutos foi superior a 18 µg.L-1. Para dose de 2,8 mg.L-1, o valor de atrasina no efluente filtrado foi inferior a 0,1 µg.L-1, porém a somatória dos subprodutos clorados foi igual a 3,7 µg.L-1, ocorrendo comprometimento sanitário do efluente filtrado. A avaliação da remoção da atrazina em processos que utilizam a ozonização deve sempre estar associada ao monitoramento dos subprodutos clorados, principalmente o desetilatrazina, considerando que ocorre formação desses em concentração superior à da atrazina, produzindo água para abastecimento com elevado risco sanitário, e esses não constam da Portaria MS 2.914/2011.

Biodegradation of atrazine, glyphosate and pendimetaline employing fungal consortia

“…Research, Society and Development, v. 9, n. 11, e1549119679, 2020(CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i11.9679 Castro-Gutiérrez et al (2016 state that the microbial consortium cometabolism can be better than isolated strains for the bioremediation of recalcitrant compounds such as the herbicides studied. The microbial degradation of atrazine occurs by N-dealkylation reactions, in which alkyl groups attached to the ring nitrogen atom, in amines, carbamates or amides are removed by oxidation by conversion to aldehyde, producing deethylatrazine (DEA), desisopropylatrazine (DIA) , didealkylatrazine (DDA), desethylhydroxyiatrazine (DEHA) and hydroxyatrazine (HA) (Coelho & Bernardo, 2017). Bonfleur et al (2015) demonstrated that the application of atrazine tended to temporarily reduce microbial biomass and increase the metabolic quotient of the microbiota, indicating a stress situation caused by atrazine toxicity.…”

“…Biodegradation by fungal intercropping presents itself as an attractive option to degrade atrazine, glyphosate and pendimethalin, since these herbicides can be metabolized by soil organisms. Atrazine (2-chloro-4-(ethylamino)-6-(isopropylamino)-s-triazine) is a persistent herbicide, with low adsorption and moderate aqueous solubility that contributes to the accumulation of contaminating levels in soils (Coelho & Bernardo, 2017).…”

Surface water quality in rural communities in the state of Goiás during the dry season and its relationship with land use and occupation

“…Red band pesticides pose a risk to human health even in cases of minor exposure (MELLER; REOLON-COSTA; CEOLIN, 2021), since, when used in the environment, they undergo biotic and abiotic transformations, generating by-products with greater or similar toxicity to the original pesticide (COELHO; BERNARDO, 2017).…”

Selection of filamentous fungi that are resistant to the herbicides atrazine, glyphosate and pendimethalin

“…Some microorganisms degrade atrazine by N-dealkylation reactions, wherein alkyl groups attached to the ring nitrogen atom in amines, carbamates or amides are removed by oxidation and conversion to aldehydes, producing desethylatrazine (DEA) and desisopropylatrazine (DIA). These degradation products may further be dealkylated to be converted to desisopropyl desethylatrazine (Coelho & Bernardo, 2017).…”